Odebrecht contrata advogado do caso OGX, de Eike, para fazer 'reestruturação'
(Bloomberg) -- A antes poderosa construtora brasileira Odebrecht, com R$ 110 bilhões (US$ 35,2 bilhões) em dívidas, contratou Eduardo Munhoz, sócio-fundador da E. Munhoz Advogados, para ajudar no "processo de reestruturação empresarial".
Munhoz foi contratado pela empresa controladora há cerca de seis meses e vem trabalhando com a Odebrecht Agroindustrial em sua bem-sucedida reestruturação de dívidas de R$ 13 bilhões há mais de um ano, disse a Odebrecht em comunicado enviado por e-mail, respondendo a perguntas da agência de notícias Bloomberg.
A empresa, que enfrenta dificuldades para encontrar dinheiro para bancar os projetos que já estão em andamento, está vendendo ativos e o "diálogo com os bancos segue de forma positiva", disse a Odebrecht. A empresa acrescentou que "uma recuperação judicial não é uma alternativa".
A Odebrecht busca captar até R$ 12 bilhões por meio de desinvestimentos para quitar sua dívida. Em junho, a empresa informou que contratou o Lazard para "rever sua estratégia financeira e melhorar a gestão de seus investimentos". A empresa gerou resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização de R$ 20,8 bilhões em 2015 e que possuía R$ 25,7 bilhões em caixa no fim do ano passado.
As dificuldades da empresa começaram em junho de 2015, quando Marcelo Odebrecht, o então presidente e um dos principais acionistas do conglomerado, foi preso e depois condenado a uma sentença de 19 anos por suposto envolvimento em esquemas de pagamento de propina na Operação Lava Jato. A empresa preferiu não comentar sobre o acordo de delação premiada de seu acionista.
Munhoz representou a OGX Petróleo & Gás Participações na reestruturação de US$ 3,6 bilhões em títulos em dólares, maior evento de não-pagamento corporativo da América Latina até então. Munhoz também assessorou o processo de recuperação judicial da construtora OAS.
Ele também trabalhou no bem-sucedido processo de reestruturação da construtora PDG Realty Empreendimentos e Participações, que renegocia R$ 3,7 bilhões, ou 60% de sua dívida bruta com os bancos.
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