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Cepal reduz para 2,2% previsão de crescimento da América Latina em 2014

04/08/2014 13h57

Santiago do Chile, 4 ago (EFE).- A Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal) cortou nesta segunda-feira em 0,5 ponto a previsão de crescimento para a região em 2014, que ficou em 2,2%, por causa da redução da demanda externa e do sub-dinamismo da demanda interna.

Essa redução de expectativa também está relacionado a um investimento considerado insuficiente e do espaço para a implementação de políticas que impulsionem essa reativação, afirmou a Cepal no estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2014.

Segundo o relatório, a desaceleração observada no último trimestre de 2013 se manteve nos primeiros meses de 2014, o fará a região ter um crescimento inferior ao do ano passado, que foi de 2,5%.

Contudo, a gradual melhora de algumas das principais economias do mundo deveria permitir uma mudança de tendência o fim do ano.

O crescimento regional é liderado este ano pelo Panamá, com aumento de seu Produto Interno Bruto (PIB) de 6,7%; seguido por Bolívia (5,5%), Colômbia, República Dominicana, Equador e Nicarágua, todos com crescimento de 5%.

A Cepal espera que a América Central, mais Haiti e República Dominicana, cresçam 4,4%, e a América do Sul 1,8%, embora com ampla diversidade entre os países.

O menor crescimento estimado para 2014 responde a diferentes fatores de acordo com cada país, indicou o documento. No caso da Argentina, cujo PIB quase não crescerá este ano, e da Venezuela, que tem prevista contração de 0,5%, os dados disponíveis refletem o impacto de alguns desequilíbrios que já se manifestavam nos últimos anos.

No Chile e Peru, que devem crescer 3% e 4,8% respectivamente, a diminuição do ritmo de crescimento está ligada ao menor nível de investimento e à desaceleração do consumo das famílias.

No México a expectativa é de recuperação do crescimento (2,5% em relação ao 1,1% de 2013), e o Brasil terá um crescimento menor, de 1,4%, comparado com os 2,5% do ano passado.