Cartel de adubos influiu em crise global de alimentos, diz estudo
Roma, 26 out (EFE).- Os preços pactuados entre poucas empresas de adubos influíram na última grande crise alimentícia global registrada entre 2007 e 2008, disse nesta quarta-feira em Roma o pesquisador Piotr Spiewanowski, da Universidade de Vistula (Polônia).
Spiewanowski apresentou um estudo realizado com Hinnerk Gnutsmann, da Universidade de Hannover (Alemanha), no qual são mostradas evidências sobre a relação entre o mercado de adubos e o de alimentos.
Segundo o relatório, a alta repentina dos preços dos produtos básicos entre 2007 e 2008 - que levou a um aumento da fome em países pobres - teve relação com a alta dos preços da energia e de forma inclusive mais notável no encarecimento dos adubos nesse período.
Assim como os preços desses químicos subiram por causa da maior demanda, seu consumo diminuiu de maneira generalizada em 2008, tanto entre os compostos de nitrogênio (obtido a partir de gás natural) como entre os de fósforo e potássio (macronutrientes para as plantas que encontrados nos minerais).
Spiewanowski explicou que tradicionalmente não se deu importância à possibilidade de que os adubos influíssem nas crises de alimentos, apesar de naquele momento o mercado de minerais estar muito concentrado e assim houve "aumentos significativos".
A pesquisa calcula que os adubos, usados frequentemente na agricultura para melhorar a produção, representam 44% do custo dos alimentos básicos.
Na crise de 2008, o cartel que comercializava os adubos agiu para que o preço subisse mais do que o triplo, o que de acordo com os autores do estudo repercutiu diretamente na escalada dos preços dos alimentos.
Spiewanowski pediu mais análises sobre o funcionamento do mercado de minerais que servem de adubos, que em 2013 se viu alterado com a dissolução do grupo americano para a exportação de fosfato PhosChem e o colapso de um influente cartel de potássio do qual emergiu a companhia russa Uralkali.
Analistas explicaram na época esses movimentos em parte como consequência das pressões que tinham sido exercidas por países como China e Índia, dois dos maiores consumidores de adubos no mundo, para reduzir os custos dos insumos e tornar mais rentável a produção.
Spiewanowski apresentou um estudo realizado com Hinnerk Gnutsmann, da Universidade de Hannover (Alemanha), no qual são mostradas evidências sobre a relação entre o mercado de adubos e o de alimentos.
Segundo o relatório, a alta repentina dos preços dos produtos básicos entre 2007 e 2008 - que levou a um aumento da fome em países pobres - teve relação com a alta dos preços da energia e de forma inclusive mais notável no encarecimento dos adubos nesse período.
Assim como os preços desses químicos subiram por causa da maior demanda, seu consumo diminuiu de maneira generalizada em 2008, tanto entre os compostos de nitrogênio (obtido a partir de gás natural) como entre os de fósforo e potássio (macronutrientes para as plantas que encontrados nos minerais).
Spiewanowski explicou que tradicionalmente não se deu importância à possibilidade de que os adubos influíssem nas crises de alimentos, apesar de naquele momento o mercado de minerais estar muito concentrado e assim houve "aumentos significativos".
A pesquisa calcula que os adubos, usados frequentemente na agricultura para melhorar a produção, representam 44% do custo dos alimentos básicos.
Na crise de 2008, o cartel que comercializava os adubos agiu para que o preço subisse mais do que o triplo, o que de acordo com os autores do estudo repercutiu diretamente na escalada dos preços dos alimentos.
Spiewanowski pediu mais análises sobre o funcionamento do mercado de minerais que servem de adubos, que em 2013 se viu alterado com a dissolução do grupo americano para a exportação de fosfato PhosChem e o colapso de um influente cartel de potássio do qual emergiu a companhia russa Uralkali.
Analistas explicaram na época esses movimentos em parte como consequência das pressões que tinham sido exercidas por países como China e Índia, dois dos maiores consumidores de adubos no mundo, para reduzir os custos dos insumos e tornar mais rentável a produção.
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