Domino'S quer crescer com lojas próprias
Sob nova gestão, a Domino's pretende se tornar uma rede mais paulista, e menos fluminense. Para isso, transferiu sua fábrica de massas para São Paulo. "Normalmente, um varejista tem três vezes mais lojas em São Paulo do que no Rio", diz Carlos Eduardo Martins e Silva, sócio da Vinci e presidente da Domino's no Brasil. "Neste ano, o Estado de São Paulo já deve ultrapassar o do Rio."
A empresa também deixará de ser uma rede de franquias para atuar principalmente com lojas próprias. O objetivo é ter maior controle da operação e crescer de forma acelerada, sem depender da capacidade financeira dos franqueados.
Quando a Vinci assumiu a Domino's, das 217 lojas, apenas sete eram próprias. "Em 2019, devemos abrir 70 lojas, mais que dobrando o ritmo de crescimento. Esse número irá para 100 a partir de 2020 e entre 70% e 80% das lojas serão próprias", diz Silva, que conduziu a expansão do Burger King no Brasil.
Essa mudança fará com que os canais de faturamento também se alterem. Hoje, parte importante da receita vem da revenda de ingredientes para franquias - a Domino's não divulga os números. Como as unidades passarão a ser próprias, essa fonte deve se diluir.
Tecnologia
O presidente da rede para as Américas, Russel Weiner, diz que novas tecnologias devem sem implementadas no Brasil para ajudar no processo de expansão. Nos EUA, é possível comprar uma pizza da marca clicando em apenas um ícone do aplicativo ou enviando um Emoji. "Há uma conexão da marca com tecnologia. Queremos trazer isso", diz.
Sérgio Molinari, sócio da Food Consulting, especializada em alimentação fora do lar, vê com bons olhos o projeto, pois deliveries crescem de forma mais rápida que restaurantes tradicionais. Segundo ele, a tecnologia da rede também se provou de sucesso nos EUA, sendo capaz não só de entender os hábitos do consumidor, mas também otimizando a rede de fornecedores. "A mensagem da Domino's é de que está colocando foco no que realmente é melhor, que é o delivery", diz.
Com vendas na casa dos R$ 400 milhões por ano, a empresa, no entanto, continuará tendo espaço para o cliente consumir no local, com presença menor em cidades do interior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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