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Setor de serviços se recupera e fecha 2021 acima do nível pré-pandemia

No último mês de 2021, o nível de atividade estava 6,6% acima do verificado em fevereiro de 2020, último antes de a covid-19 se abater sobre a economia brasileira - Arthur Hidden/ Freepik
No último mês de 2021, o nível de atividade estava 6,6% acima do verificado em fevereiro de 2020, último antes de a covid-19 se abater sobre a economia brasileira Imagem: Arthur Hidden/ Freepik

Vinicius Neder

Rio

10/02/2022 10h52Atualizada em 10/02/2022 13h15

A alta de 1,4% no volume de serviços prestados em dezembro, comparado a novembro, confirmou a recuperação total das perdas do setor enfrentadas com a pandemia de covid-19.

No último mês de 2021, o nível de atividade estava 6,6% acima do verificado em fevereiro de 2020, último mês antes de a covid-19 se abater sobre a economia brasileira. Os dados são da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), divulgada nesta quinta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A atividade também atingiu em dezembro o maior nível desde agosto de 2015. Ainda assim, o volume de serviços prestados está 5,6% abaixo do pico da série histórica da PMS, iniciada em 2012, que foi registrado em novembro de 2014.

Empresas puxam índice

Segundo Rodrigo Lobo, gerente da PMS, o movimento de recuperação que levou o volume de serviços prestados acima do nível anterior ao visto antes da pandemia foi puxado pelas atividades voltadas para a demanda das empresas.

O destaque são os serviços de tecnologia da informação (TI), que atingiram em dezembro de 2021 o recorde da série histórica, com um nível de atividade 48,9% superior ao visto em fevereiro de 2020.

Com a alta de 1,4% em dezembro, o volume de serviços prestados fechou o quarto trimestre com alta de 0,4% ante o terceiro trimestre de 2021. No ano, o avanço foi de 10,9%, a maior variação anual já registrada na série da PMS.

Recuperação comprimida

De acordo com Lobo, o bom desempenho em 2021 se deve, em parte, pelo fato de o setor de serviços ter levado mais tempo em seu processo de recuperação, já que muitas de suas atividades dependem do contato presencial, na comparação com as retomadas vistas na indústria e no comércio varejista.

"O delay na recuperação (em relação a outros setores da economia) trouxe uma base de comparação, em 2020, comprimida. Isso traz uma escala maior de crescimento em 2021 para os serviços", afirmou Lobo.