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População super-rica brasileira diminui 13%; Eike Batista lidera perdas

REUTERS/Ueslei Marcelino
Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino

11/09/2013 13h59

A população super-rica brasileira diminuiu 13,5% em 2013, em relação ao ano passado, informou um relatório realizado pelo banco UBS e pela empresa de pesquisas Wealth-X.

O número de brasileiros com fortunas a partir de U$ 30 milhões passou de 4.640 para 4.015, impactando nos números da América Latina, única região que registrou queda no ano, de 4,1%.

A fortuna total dos brasileiros super-ricos caiu 11%, caindo de US$ 865 bilhões para US$ 770 bilhões.

De acordo com o relatório, grande parte da perda foi atribuída ao megaempresário Eike Batista que, nos últimos 12 meses, viu grande desvalorização nas ações de suas empresas. Dos US$ 95 bilhões perdidos, cerca de US$ 20 bilhões foram do empresário.

Mesmo com as perdas, o Brasil é o país com o maior número de super-ricos na América Latina. Em seguida, aparece o México, com 3.365 pessoas, Argentina, com 1.110, e a Colômbia, com 635.

No mundo

Com um acréscimo de US$ 2 trilhões, a população mundial de super-ricos bateu seu recorde histórico, com mais de 199.235 pessoas com uma fortuna combinada de US$ 28 trilhões, um crescimento de mais de 6% em relação ao ano anterior.

O resultado positivo deve-se principalmente à recuperação econômica da América do Norte e da Europa. Juntas, elas tiveram um ganho de mais de 10 mil super-ricos.

Puxada pelos Estados Unidos, a América do Norte lidera entre as regiões, com mais de 70 mil super-ricos. Só no país, existem mais de 65,5 mil super-ricos - maior população entre os países.

Já na Europa, a Alemanha e a Suíça tiveram um crescimento superior a 14% na população super-rica. Somados todos os países europeus, a população chega a 58.065, com uma fortuna de US$ 7,6 trilhões.

Ainda de acordo com o relatório do banco, a Ásia recuperou a perda de super-ricos em seus países, passando de 42.895 pessoas para 44.505 em um ano.