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Casal dá volta ao mundo usando somente a moeda virtual bitcoin

18/11/2013 14h49

SÃO PAULO - Os norte-americanos Austin Craig e sua esposa Beccy decidiram financiar uma volta ao mundo de uma forma diferente, pagando em bitcoins - moeda virtual cujo valor alcançou um recorde de cerca de US$ 400 por moeda na semana passada. As informações são do site do jornal The Wall Street Journal. 

A bitcoin não existe fisicamente, apenas no mundo virtual e só pode ser passada de uma para outra pessoa eletronicamente. Contudo, muitos estabelecimentos físicos começaram a aceitar a moeda e recentemente foi inaugurado, no Canadá, um caixa eletrônico que saca e deposita bitcoins convertidas em dólares. Criada por volta de 2009, a moeda virtual alcançou o ápice de valorização nos últimos 12 meses. Até um fundo foi lançado para ela.

Craig afirmou ao WSJ que ouviu falar da moeda pela primeira vez em 2011 e logo teve a ideia de viver e viajar usando apenas ela. Desde junho deste ano, o casal começou a pagar todas as contas com bitcoins, como aluguel e conta de gás. Logo depois, começaram a pensar em uma viagem.

O desafio de cobrir todos os gastos da viagem com bitcoins começou em 23 de julho na cidade de Provo, em Utah, Estados Unidos. Embora tenha começado a planejar a viagem em julho, eles só pegaram a estrada em outubro, dirigindo até Nova York. De lá, eles voaram para Estocolmo, Berlim e Cingapura e voltaram para Provo no dia primeiro de novembro - apenas utilizando a bitcoin.

“Vem sendo constantemente inconveniente e ocasionalmente frustrante. Mas nunca impossível”, disse Craig em relação aos estabelecimentos que aceitavam ou não a moeda. Durante o experimento, o casal teve não só de apresentar a bitcoin a vários comerciantes, como também convencê-los a aceitá-la.

Craig conseguiu acumular bitcoins após a empresa em que trabalha concordar em pagar seu salário com a moeda. Após isso, o casal encontrou uma agência de viagens na Alemanha que a aceitava e, por meio dela, reservou hotéis e passagens aéreas para viajar pelo mundo. Eles pagaram supermercados e até seguradora de automóveis. O mais difícil, disse Craig, foi conseguir abastecer o carro.