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Franquias de turismo crescem de olho na Copa e Olimpíada

Larissa Coldibeli

Do UOL, em São Paulo

18/05/2012 06h00

Na contagem regressiva para sediar grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo e a Olimpíada 2016, o setor de turismo no Brasil passa por um bom momento. A meta do Ministério do Turismo para 2022 é colocar o Brasil como uma das três maiores economias turísticas do mundo. Atualmente, o país ocupa a sexta posição na atração de investimentos e consumo nacionais e estrangeiros.

De acordo com o balanço nacional de 2011 da ABF (Associação Brasileira de Franchising), as franquias do segmento de hotelaria e turismo lideraram o crescimento do setor, garantindo às empresas franqueadoras um faturamento de R$ 2,7 bilhões. O valor é 85,9% maior do que em 2010. A previsão para 2012 é crescer em torno de 15%.

Há modelos de negócios diversificados, que vão desde as agências de turismo convencional em loja física, como TAM Viagens e World Turismo, até as que podem ser operadas em casa, com investimento inicial a partir de R$ 4.000, como a Clube Turismo.

Fernando Ioris, coordenador comercial do Grupo World, que possui franquias de agências de viagem e serviços de turismo corporativo, cargas, câmbio, operadora, entre outros, acredita que o cenário está favorável à abertura de negócios.

"Levando em conta a expansão deste segmento e as oportunidades que serão criadas nos próximos seis a oito anos, as perspectivas são boas, especialmente para franquias organizadas e dinâmicas, que atendam clientes pessoa física e jurídica”, diz.

Mas não basta apenas confiar na expansão do mercado, é preciso ter atenção ao dia a dia do negócio. “O rendimento depende de uma série de fatores, desde o modelo de franquia escolhido até a motivação da equipe e conhecimento do franqueado sobre o mercado de turismo", diz.

Eventos são oportunidade, mas é preciso pensar no longo prazo

“A demanda da Copa do Mundo e da Olimpíada é pontual. O empreendedor deve fazer um planejamento de longo prazo para que seu negócio dure após esses eventos”, afirma o especialista em franquias Marcus Rizzo.

Quem apostar somente nos grandes eventos esportivos para estruturar o seu negócio pode se dar mal. No caso das franquias, a preparação para atender à grande demanda esperada costuma vir da orientação do franqueador, que age de acordo com a estratégia do negócio.

Mas Rizzo ressalta que o segmento de turismo já costuma se planejar equilibrando picos de movimento e calmaria, que ocorrem entre as temporadas de férias. Uma das estratégias para  lidar com a alta demanda prevista para os megaeventos é investir na contratação de funcionários temporários e treinamentos mais curtos para os colaboradores, de menor custo.

No entanto, segundo Rizzo, embora após a Copa e Olimpíada a procura possa cair, a tendência geral no longo prazo é a expansão do setor, puxada por fatores estruturais da economia como aumento da renda da população, crescimento das companhias aéreas e investimento em infraestrutura de aeroportos.

Como sobreviver após os eventos

Uma dica para os interessados em investir numa franquia de turismo é, na hora de escolher o negócio que vai abrir, dar preferência àqueles nos quais o franqueador não seja o único ou o principal fornecedor para a rede.

“Nestes negócios, o franqueado geralmente estará à mercê de preços estabelecidos pelo franqueador, que nem sempre tem interesse em buscar os melhores produtos e serviços a preços competitivos”, afirma Rizzo.