Lucro recorde do Bradesco em 2012 é o 4º maior da história dos bancos do país
Apesar de um resultado considerado fraco no quarto trimestre, o ganho do Bradesco em 2012 é o maior já registrado na história do banco e o 4º maior do setor no país, segundo dados da consultoria Economatica. Com lucro líquido de R$ 11,381 bilhões, o Bradesco supera a marca de 2011, R$ 11,028 bi (alta de 3,2%).
O maior lucro da história dos bancos é do Itaú, registrado em 2011 (R$ 13,83 bilhões), na frente do lucro do Banco do Brasil de 2011 (R$ 12,68 bilhões) e de outro lucro do Itaú, em 2010 (R$ 11,7 bilhões).
Em 31 de dezembro de 2012, o valor de mercado do Bradesco era de R$ 131,908 bilhões, o que representa uma valorização de 23,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os ativos totais do banco fecharam o ano totalizando R$ 879,1 bilhões, crescimento de 15,4% sobre dezembro de 2011. Já o patrimônio líquido, em dezembro de 2012, somou R$ 70,047 bilhões, 26% superior a dezembro de 2011.
Para 2013, o Bradesco prevê que sua carteira de crédito total crescerá de 13% a 17%, faixa válida para pessoas físicas e jurídicas. A expectativa da instituição é de que sua margem financeira evolua de 7% a 11% neste ano e que as receitas com prestação de serviços avancem de 9% a 13%.
O segundo maior banco privado do país abriu a temporada de divulgação de balanços do quarto trimestre. O lucro líquido do banco somente no último trimestre de 2012 foi de R$ 2,893 bilhões, alta de 6,1% na comparação com o mesmo período de 2011.
Resultados no quarto trimestre
O resultado refletiu em parte a fraca atividade econômica do país, que levou o banco a fechar o ano com uma carteira de crédito apenas 11,5% maior, a R$ 385,529 bilhões, abaixo da previsão da própria instituição, que já tinha sido reduzida em julho para alta entre 14% e 18%. A previsão inicial era de 18% a 22% de expansão.
Cauteloso, o Bradesco preferiu acelerar os empréstimos para grandes empresas, a linha com menor índice de calotes. Os financiamentos para esse grupo tiveram alta de 15% em 12 meses. Já a carteira de pessoa física subiu cerca de 8%, a R$ 117,5 bilhões, atingida pela área de financiamento automotivo, que encolheu 5,7%.
De todo modo, o banco não logrou nova melhora na qualidade de sua carteira. O índice de inadimplência do Bradesco, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias em relação à carteira total, ficou em 4,1%, estável na base sequencial, mas 0,2 ponto percentual maior que em dezembro de 2011.
As despesas do Bradesco com provisões para perdas com crédito de baixa qualidade, no entanto, caíram 2,8% sobre o trimestre imediatamente anterior, para R$ 3,21 bilhões, embora tenham crescido 20,6% ano a ano. O banco ainda teve despesas administrativas 3,2 por cento maiores na base sequencial, a R$ 6,897 bilhões.
Uma boa notícia para o banco foi a expansão de 14,4% nas receitas com prestação de serviços, no ano a ano. Isso ajudou o índice de eficiência operacional melhorar 1,5 ponto percentual, a 41,5%. Além disso, as margens financeiras evoluíram 8,3%, também na comparação anual.
O banco registrou um salto de 15,2% no lucro da área de seguros, na passagem do terceiro para o quarto trimestre, impulsionado por um avanço de 30,8% nas receitas com prêmios.
Mas isso não evitou a queda de 2,1 pontos percentuais na rentabilidade do Bradesco medida pelo retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio, a 19,2%, também no ano a ano.
(Com agências)
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