Revista 'Economist' traz Bric afundando na lama e crítica ao Brasil
A capa da edição desta sexta-feira (26) da revista britânica "The Economist" traz uma avaliação negativa sobre a economia no bloco dos chamados Bric, composto por Brasil, Rússia, Índia e China. A revista tem uma ilustração que mostra os quatro países como atletas afundando na lama, com o título "A grande desaceleração". O Brasil é o mais afundado.
Em 2009, a mesma revista havia feito uma capa em que mostrava o Cristo Redentor como um foguete decolando, simbolizando a boa fase do país então. O título da capa era "Brasil decola".
Segundo a revista, após uma década de forte crescimento, durante a qual os países emergentes ajudaram a impulsionar a economia mundial e segurar os efeitos da crise econômica, os países dão os primeiros sinais de que a recuperação pode estar perdendo fôlego.
O artigo menciona as manifestações populares que tomaram o Brasil. A revista afirma que o Brasil precisa recuperar seu "zelo reformista", caso contrário, vai desapontar a classe média emergente que, recentemente, foi às ruas.
A "Economist" afirma que a China terá sorte se conseguir atingir a meta oficial de crescimento de 7,5% da economia neste ano. As metas da Índia (5%), do Brasil e da Rússia (2,5%) se reduziram à metade do que os países conseguiram alcançar no período de crescimento coletivo.
O crescimento mais fraco da China, segundo a revista, ajuda a afundar as outras economias emergentes, bastante dependentes de exportações para o país asiático.
O crescimento econômico recente do Brasil foi ajudado pela forte alta no preço das commodities vendidas à China. Agora, a combinação de inflação com baixas taxas de crescimento do PIB faz com que a economia caminhe a passos muito mais lentos do que o esperado.
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