Economia do país encolhe 0,33% em julho, segundo índice do Banco Central
A atividade econômica brasileira começou o terceiro trimestre encolhendo, porém menor do que o esperado, mostrou o Banco Central nesta sexta-feira (13), com o seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br). A economia do país registrou queda de 0,33% em julho em comparação com junho.
O resultado ficou bem pior do que a alta mensal vista em junho, quando o IBC-Br apontou crescimento de 1,03%, número revisado ante avanço de 1,13% divulgado anteriormente.
O IBC-Br mostrou alta de 2,60% na comparação com julho de 2012 e acumula em 12 meses avanço de 2,30%, ainda segundo os dados dessazonalizados do BC.
O índice é elaborado mensalmente pelo BC e é considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) --que é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a cada trimestre e leva a um resultado anual.
O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB, e serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
Indústria encolhe 2%, varejo salta 1,9%
A fraqueza do IBC-Br reflete principalmente a gangorra registrada pela indústria neste ano, sem conseguir engatar uma recuperação vigorosa. Em julho, a produção industrial brasileira recuou 2% ante o mês anterior, pressionada principalmente por bens de capital.
Mas o que evitou uma queda maior foi o surpreendente aumento mensal de 1,9% das vendas no varejo em julho, impulsionadas por móveis e eletrodomésticos e pelo alívio da inflação para as compras em supermercados.
Queda foi menor do que esperado
A queda em julho foi menor do que o esperado, o que pode indicar que ainda há algum fôlego para evitar uma desaceleração no período tão acentuada como esperado.
"(O IBC-Br de julho) mostra que não estamos perdendo fôlego tão rápido quanto se imaginava, e que a desaceleração vai ser muito mais suave do que toda a intensidade que se esperava", afirmou o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.
Economia deve perder força no terceiro trimestre
O resultado do indicador do BC em julho alimenta a perspectiva de fraqueza da economia brasileira no terceiro trimestre depois do surpreendente desempenho do Produto Interno Bruto entre abril e junho.
No segundo trimestre, o PIB registrou o maior crescimento em mais de três anos ao expandir 1,5% na comparação com os três primeiros meses do ano.
Governo espera crescimento de 2,5% em 2013
A previsão de crescimento da economia brasileira neste ano será cortada de 3% para 2,5%, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no final de julho. O anúncio oficial, segundo Mantega, seria feito nos próximos dias.
O governo já tinha reduzido suas contas sobre a expansão brasileira em 2013. A primeira previsão era de crescimento de 4,5% e, após inúmeros estímulos dados --como corte de tributos da folha de pagamento das empresas e de incentivos ao consumo--, a economia não decolou e a projeção foi rebaixada para 3,5% em abril.
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