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Leia, na íntegra, posicionamento da Federação dos Bancos sobre a greve

Do UOL, em São Paulo

18/09/2013 17h02

Leia abaixo a íntegra do posicionamento da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) sobre a campanha salarial dos bancários e a greve no setor.

"Ao longo de 20 anos, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) do setor bancário evoluiu de forma significativa, resultando numa valorização constante do processo de negociação, que a diferencia e a torna única em relação a outras categorias profissionais. Ela contempla espaços inigualáveis de diálogo, solução de conflitos, proteção e remuneração no país.

Nos aspectos sociais e sindicais, a categoria dos bancários tem canais de debates inéditos no País, com mesas temáticas importantes para negociações permanentes, como condições de trabalho, igualdade e oportunidades, saúde, segurança, entre outros. Fruto de discussões e atendendo as sugestões da própria mesa de negociação, a Federação Nacional dos Bancos – FENABAN apresentou na quinta-feira (06) às lideranças sindicais dos bancários proposta para agilizar o processo de apuração de questionamentos que levam a conflitos no ambiente de trabalho.  O prazo cai de 60 para 45 dias.

A FENABAN propõe ainda a constituição de dois grupos de trabalho: um para analisar as causas de afastamento no setor e outro para conduzir uma ampla discussão sobre jornada de trabalho.

A FENABAN também se compromete a realizar um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial, diante do fato de que a tecnologia é cada vez mais um alicerce para a indústria global de serviços financeiros.

Em relação às questões econômicas, a FENABAN apresentou às lideranças sindicais dos bancários proposta global contendo reajuste salarial de 6,1%, que corrigirá salários, pisos e benefícios. Será mantida a mesma fórmula de participação nos lucros, com correção dos valores fixos e de tetos em 6,1%.

A FENABAN ressalta que o piso salarial da categoria subiu mais de 75% nos últimos 7 anos e os salários foram reajustados em 58%, ante uma inflação medida pelo INPC de 42%. Ou seja, somente o piso salarial registrou aumento real de 23,21%. A proposta deve ser avaliada considerando os ganhos dos últimos anos, que é bastante significativo, mas que representa custos, afirma o diretor de Relações do Trabalho da FENABAN, Magnus Ribas Apostólico.  Ele acrescenta que o momento atual exige cautela, pois a  “economia está num ritmo mais lento, as margens de todos os setores estão mais apertadas e a geração de emprego está em queda.  “É um momento de se preservar conquistas e não de aumentar custos, por isso a proposta prevê manutenção do poder aquisitivo.”  “A FENABAN se mantém aberta a negociações”, conclui o diretor.

Pela proposta, o piso salarial para bancários que exercem a função de caixa passará para R$ 2.182,36 para jornadas de seis horas. Entre outros benefícios, estão previstos reajuste do auxílio refeição, que sobe para R$ 22,77 por dia; a cesta alimentação passa para R$ 390,36 por mês, além da 13ª cesta no mesmo valor e auxílio-creche mensal de R$ 324,89 por filho até 6 anos."