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Banco do Brics terá sede na China e 1ª presidência será da Índia

Putin (Rússia), Modi (índia), Dilma (Brasil), Xi Jinping (China) e Zuma (África do Sul) - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Putin (Rússia), Modi (índia), Dilma (Brasil), Xi Jinping (China) e Zuma (África do Sul) Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

15/07/2014 15h53Atualizada em 15/07/2014 18h06

O grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul anunciou, nesta terça-feira (15), a criação de um banco de desenvolvimento. A sede do banco do Brics será em Xangai, na China, e a primeira presidência será ocupada pela Índia, afirmou a presidente Dilma Rousseff. O nome oficial é Novo Banco de Desenvolvimento (New Development Bank, NDB, em inglês).

Os países do Brics também assinaram acordo para criação de um fundo com US$ 100 bilhões, uma espécie de "poupança" que deverá ser usada para manter a estabilidade em momentos de crise mundial ou de ataque especulativo.

Representantes dos cinco países estão reunidos nesta terça-feira (15) em Fortaleza.

Na quarta (16), os chefes de Estado do Brics reúnem-se em Brasília, com a presença também de líderes da Unasul (União de Nações Sul-Americanas). A cúpula está prevista para se encerrar após o almoço.

Banco de desenvolvimento ficará aberto a outros países 

As negociações para criar um banco de fomento se arrastaram por dois anos, com alguns membros temerosos do desejo da China de ter uma participação maior no banco, injetando mais capital. 

O banco terá de ser ratificado pelos parlamentos dos países e poderá começar a realizar os empréstimos em 2016.

Do capital inicial do banco (US$ 50 bilhões), os países vão injetar US$ 10 bilhões em dinheiro e US$ 40 bilhões em garantias, que serão utilizados para levantar capital nos mercados internacionais. A contribuição de cada país será dividida igualmente.

Em cinco anos, o capital do banco deve dobrar para US$ 100 bilhões por meio de capitalização dos países, de emissões de dívida ou contribuições de novos membros.

O banco ficará aberto a outros países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), mas os Brics vão manter um mínimo de 55% das ações do banco.

A presidência do conselho do banco, com um mandato de cinco anos, vai ter um rodízio entre os países-membros.

(Com agências de notícias)