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Importações passam exportações em US$ 939 mi, no pior setembro em 16 anos

Do UOL, em São Paulo

01/10/2014 15h16Atualizada em 01/10/2014 18h22

As importações do Brasil superaram as exportações em US$ 939 milhões em setembro. Os dados da chamada balança comercial foram divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

É o pior resultado para o mês de setembro desde 1998, quando o resultado ficou negativo em US$ 1,203 bilhão.

No mês passado, as exportações somaram US$ 19,617 bilhões e as importações, US$ 20,556 bilhões, ainda segundo o ministério.

O resultado negativo veio após seis meses no azul, com o Brasil exportando mais do que importava.

No acumulado no ano, o resultado voltou a ser negativo, em US$ 690 milhões.

Importação de combustível sobe quase 50%

Pelo critério da média diária, as importações subiram 4% no mês passado em comparação com o mesmo mês de 2013. A média diária de transações ficou em US$ 20,556 bilhões, um recorde para o mês.

Na comparação com agosto, a alta da média diária foi de 1,7%.

O destaque foi o aumento de 49,1% nas compras de combustíveis e lubrificantes, enquanto caíram as compras de bens de consumo (-4,2%), matérias-primas e intermediários (-2,7%) e bens de capital (-2,2%).

Média diária de exportações caiu 10%

As exportações caíram 10,2% em setembro deste ano ante o mesmo mês de 2013 no critério da média diária, ao sair de US$ 992,9 milhões por dia para uma média de US$ 891,7 milhões neste mês.

Em números absolutos, as exportações passaram de US$ 20,850 bilhões nos 21 dias úteis de setembro do ano passado para US$ 19,617 bilhões em 22 dias úteis no último mês.

O resultado se deve a uma queda nas vendas internacionais das três categorias de produtos. A maior queda aconteceu nos embarques de bens básicos, cuja média diária caiu 15,1% ante o mesmo mês de 2013.

Em seguida vêm os produtos manufaturados, cujas exportações recuaram 8% na mesma comparação. Já as vendas para o exterior de bens semimanufaturados recuaram 2,9%.

(Com Reuters e Valor)