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Novo juiz manda desbloquear parcialmente os bens de Eike Batista

Gustavo Maia e Maria Carolina Abe

Do UOL, no Rio e em São Paulo

29/04/2015 19h49Atualizada em 30/04/2015 17h25

A Justiça Federal determinou o desbloqueio parcial dos bens do empresário Eike Batista e de seus familiares. A decisão foi tomada nesta terça-feira (28) pelo juiz Vitor Valpuesta, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio, e tornou-se pública nesta quarta-feira (29).

Foi mantido o bloqueio de R$ 162.646.092.

Valpuesta assumiu o caso em março, substituindo o juiz Flavio Roberto de Souza, afastado do cargo após ser flagrado ao volante do Porsche Cayenne, que tinha sido apreendido do ex-bilionário em uma operação policial.

“Tomei ciência agora da decisão, era um pedido nosso, que foi atendido parcialmente”, disse o advogado Raphael Matos, que defende o empresário junto com o sócio, Ary Bergher. "Os últimos bloqueios, feitos pelo juiz Flavio Roberto de Souza, foram anulados e, consequentemente, foi determinada a devolução dos bens.”

A decisão envolve a liberação de todos os bens de propriedade do empresário; de sua ex-mulher, Luma de Oliveira; dos seus filhos Thor e Olin Batista; e de sua namorada, Flávia Sampaio, que estavam bloqueados pela Justiça.

Defesa pede afastamento do juiz

Eike está sendo julgado por crimes contra o mercado financeiro. Ele é acusado de manipulação do mercado e uso de informação privilegiada ao negociar ações da sua petroleira, a OGX (hoje OGPar), o que teria causado prejuízo a investidores.

O julgamento teve sua primeira audiência em novembro de 2014 e ainda não há data para sua retomada.

Antes mesmo do recente incidente, os advogados de Eike tinham questionado a imparcialidade do juiz e pedido que ele fosse retirado do caso.