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Rombo nas contas externas cai 60% em agosto e fica em US$ 2,5 bilhões

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Do UOL, em São Paulo

22/09/2015 11h30Atualizada em 22/09/2015 13h18

A diferença das transações de mercadorias e serviços do Brasil com os outros países ficou negativa em US$ 2,49 bilhões em agosto. O rombo caiu 60% na comparação com o registrado em julho (US$ 6,2 bilhões) e com o rombo de agosto do ano passado (US$ 6,9 bilhões).

Os dados são do Banco Central e foram divulgados nesta terça-feira (22).

O cálculo do indicador considera, além das importações e exportações registradas pela balança comercial, os gastos com serviços e as rendas.

De janeiro a agosto deste ano, as chamadas transações correntes têm resultado negativo de US$ 46,148 bilhões. No mesmo período do ano passado, esse deficit chegou a US$ 65,248 bilhões. 

No acumulado em 12 meses, a diferença entre o que país gastou e o que recebeu nas transações internacionais ficou negativa em US$ US$ 84,5 bilhões, o equivalente a 4,34% do PIB (Produto Interno Bruto) estimado pelo BC. Nos 12 meses encerrados em julho, o resultado também havia sido negativo, equivalente aos mesmo 4,34% do PIB.

Desde abril, o BC passou a divulgar as estatísticas externas sob nova metodologia internacional. Por ora, os dados da série história foram revisados até janeiro de 2014.

Balança comercial ficou positiva

No mês passado, a conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) contribuiu para o resultado negativo, com US$ 2,645 bilhões de deficit. Na conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), o saldo negativo ficou em US$ 2,57 bilhões.

A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) apresentou resultado positivo de US$ 219 milhões, assim como a balança comercial (exportações e importações), de US$ 2,509 bilhões.

Investimento direto

Quando o país tem deficit em conta-corrente, ou seja, gasta além da renda do país, é preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. O investimento direto no país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo.

Em agosto, esse tipo de investimento chegou a US$ 5,246 bilhões, abaixo do resultado de agosto de 2014 (US$ 10,009 bilhões).

Com isso, o acumulado em 12 meses fica em US$ 73,6 bilhões, o equivalente a 3,71% do PIB. Para 2015, o BC prevê ingresso de US$ 80 bilhões, ou 4,12% do PIB, contra US$ 96,851 bilhões em 2014, 4,13% do PIB.

(Com agências)

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