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MRV pretende reduzir ciclo médio de obras em até 20% em 2015

03/03/2015 17h57

Por Juliana Schincariol

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A MRV Engenharia pretende reduzir o ciclo médio de obras em até 20 por cento em 2015, enquanto prevê entregar todas as unidades em construção com antecedência.

No ano passado, a construtora entregou 68 por cento de suas obras de um a 14 meses antes do prazo, como parte de um projeto iniciado em 2010. A entrega de chaves cresceu 37 por cento em relação a 2013, chegando a 42.505 unidades, sendo 28.903 entregues com alguma antecedência.

As entregas têm impacto direto sobre a geração de caixa da companhia, que no acumulado de 2014 até setembro foi de 330 milhões de reais, queda de 14,7 por cento sobre o mesmo período de 2013.

"Quando o projeto foi lançado, a ótica mais relevante foi o cliente, sabendo que teríamos também um ganho reduzindo o ciclo do negócio", disse à Reuters o copresidente da companhia Rafael Menin.

O ciclo médio de obra da MRV após o lançamento é de 20 meses, número que a empresa pretende reduzir em até 20 por cento até o final do ano, disse Menin.

"A safra (de imóveis) mais nova com certeza será com ciclo médio mais curto do que a safra que está se encerrando agora", disse o executivo, acrescentando que a entrega de obras com antecedência deve chegar a 100 por cento em 2015.

O executivo disse, ainda, que apesar da deterioração do cenário econômico, janeiro e fevereiro foram "meses normais". "Continuamos vendendo com percentual bastante alto", disse, sem fazer projeções.

A MRV encerrou o quarto trimestre com vendas 20,5 por cento maiores na comparação anual, devido às condições favoráveis de crédito no segmento de imóveis econômicos aliadas a um quadro de concorrência ainda baixa no setor.

Os resultados financeiros completos serão divulgados em 5 de março.

"Os bancos em 2014 apertaram o crédito e, a despeito de um mercado um pouco mais apreensivo, a companhia teve um 2014 com números muito bons... A gente não espera nada muito diferente em 2015", disse Menin.

Em relação à terceira fase do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, ele disse que o governo continua sensível ao tema e reiterou que não espera grandes mudanças.

"O governo sabe que não pode diminuir o tamanho do programa. A faixa 1 demanda muitos recursos do Tesouro, eventualmente o governo fará algum ajuste. Estamos seguros de que as condições continuarão muito parecidas com as atuais", acrescentou.

(Edição de Luciana Bruno)