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HSBC cortará quase 50 mil empregos; metade virá de vendas em Brasil e Turquia

Por Lawrence White e Steve Slater
Imagem: Por Lawrence White e Steve Slater

Lawrence White e Steve Slater

09/06/2015 07h43

HONG KONG/LONDRES (Reuters) - O HSBC cortará quase 50 mil postos de trabalho e reduzirá seu banco de investimentos, diminuindo os ativos do maior banco europeu em um quarto em uma medida para simplificar e melhorar sua lenta performance.

O banco disse nesta terça-feira (9) que cerca de metade dos cortes de postos de trabalho virão das vendas dos negócios no Brasil e na Turquia. A outra metade virá de um corte de cerca de 10% do restante dos seus 233 mil funcionários com a consolidação de operações de tecnologia da informação e departamentos administrativos e o fechamento de agências bancárias. Por volta de 7.000 a 8.000 cortes são esperados na Grã-Bretanha.

Os cortes deixarão o HSBC com o equivalente a cerca de 208 mil funcionários em tempo integral até 2017, ante 295 mil no fim de 2010 e 258 mil no fim de 2014, embora o banco tenha dito que fará contratações em negócios em crescimento e em sua divisão de compliance.

A iniciativa é parte de uma segunda tentativa do presidente-executivo, Stuart Gulliver, de elevar os lucros desde que o executivo assumiu o comando do banco no início de 2011. Sua tentativa anterior foi frustrada por altos custos com compliance, multas, baixas taxas de juros e crescimento lento.

Além disso, o HSBC disse que cortará seus ativos em uma base ajustada pelo risco (RWA) em US$ 290 bilhões até 2017. Isso incluirá uma redução de um terço, ou US$ 140 bilhões, na divisão de global banking e markets (GBM), seu banco de investimentos. Isso significa que a GBM responderá por menos de um terço do balanço do HSBC, ante 40% atualmente.

O HSBC confirmou que planeja vender os negócios na Turquia e no Brasil, acrescentando que manterá alguma presença no mercado brasileiro para atender clientes corporativos. O banco pretende revisar negócios com performance mais baixa no México e nos Estados Unidos para melhorar os retornos.

O banco disse que também mira o crescimento na Ásia ao expandir seu negócio de seguros e sua presença na região chinesa do Delta do Rio das Pérolas.

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