Técnico apaga dados após dispensa, e demissão é convertida em justa causa

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A 18ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região confirmou nesta terça-feira a demissão por justa causa de um técnico de manutenção acusado de comprometer informações estratégicas de uma empresa.
O que aconteceu
Funcionário apagou arquivos essenciais e enviou documentos institucionais para seu email pessoal. De acordo com o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região de São Paulo, os arquivos apagados eram "sensíveis e protegidos por segredo empresarial".
Caso se agravou pois ações ocorreram após o término formal do vínculo empregatício. Já desligado e com a rescisão assinada, o técnico retornou à empresa, acessou um computador do laboratório e executou as ações danosas.
Dados excluídos teriam impactado processos internos. Segundo relatos, as informações deletadas eram cruciais para o funcionamento da companhia e sua perda acarretou no atraso na certificação ISO 9001, normal internacional que ajuda a empresa a melhorar a qualidade dos produtos e serviços, além de aumentar a eficiência operacional.
Recuperação dos arquivos foi inviável mesmo com ajuda especializada. De acordo com o TRT, os arquivos foram removidos até mesmo da lixeira. Além disso, a empresa possuía política expressa para armazenamento em nuvem, mas que foi ignorada pelo ex-funcionário.
Técnico negou vínculo entre sua conduta e os prejuízos relatados. Ele alegou que os arquivos deletados eram pessoais e que os institucionais estavam preservados, apesar de testemunhas confirmarem os danos operacionais e destacaram a proibição do uso pessoal dos computadores.
Justiça concluiu que houve violação intencional das normas internas e de segurança da informação. A juíza relatora Adriana Prado Lima assegurou que o técnico tinha pleno conhecimento das regras, incluindo termos de confidencialidade assinados. Laudo técnico confirmou que os arquivos apagados foram corrompidos e estão inacessíveis.
Empresa formalizou denúncia criminal contra o ex-funcionário. A conduta do técnico já está sob investigação pelas autoridades competentes.
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