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Listas de Grécia e credores diferem em IVA, privatizações, aposentadorias e defesa

YVES HERMAN
Imagem: YVES HERMAN

26/06/2015 11h37

BRUXELAS (Reuters) - Listas separadas preparadas pela Grécia e por seus credores sobre as reformas necessárias para desbloquear novos recursos para Atenas diferem principalmente nas questões de aposentadorias, impostos e privatização, antes da reunião crucial de ministros das Finanças da zona do euro no sábado.

A Grécia e seus credores precisam chegar a um acordo no sábado sobre a lista de reformas ou Atenas dará o calote no pagamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI) na terça-feira.

As propostas da Grécia oferecem um aumento anual de receita de 0,93 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) com a reforma do sistema de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), enquanto credores querem que as mudanças resultem em alta de 1,0 por cento.

A oferta grega é menor porque Atenas não quer impor o nível mais alto, de taxa de 23 por cento de IVA para hotéis e restaurantes, o principal elemento da indústria do país --o turismo. Os credores acreditam que os hotéis e restaurantes devem ter as maiores taxas.

A Grécia também quer manter um desconte de 30 por cento do IVA para suas ilhas, enquanto os credores querem que a alíquota seja uniforme em todo o país.

Outras diferenças incluem gastos militares, que os credores querem que Atenas corte em 400 milhões de euros no orçamento do próximo ano, enquanto o país concorda apenas com 200 milhões.

Para impulsionar as receitas do governo e atingir suas metas fiscais de 2015, a Grécia ofereceu introduzir um imposto corporativo extraordinário de 12 por cento sobre lucros acima de 500 mil euros para alcançar a meta fiscal. O governo grego também ofereceu aumentar a receita do Estado via taxa de 30 por cento sobre jogos eletrônicos, e através da venda de licenças de telefonia móvel 4G e 5G.

Na questão politicamente sensível da reforma previdenciária, a Grécia disse na proposta enviada na quinta-feira a seus credores que está preparada para "substituir", mas não eliminar progressivamente, um complemento de pagamento de aposentadorias até o final de 2018. Os credores querem que ele seja eliminado progressivamente até 2019.

(Por Jan Strupczewski)