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Vale volta ao mercado internacional com emissão de US$ 1,25 bi em títulos

Moacyr Lopes/Folhapress
Imagem: Moacyr Lopes/Folhapress

Por Paul Kilby

07/06/2016 16h03

NOVA YORK, 7 Jun - A mineradora Vale retornou aos mercados internacionais de dívida pela primeira vez em mais de três anos nesta terça-feira (7), ao anunciar a emissão de US$ 1,25 bilhão em novos bônus com vencimento em cinco anos a um rendimento de 5,875%.

A companhia abriu mais um dia positivo para os mercados de dívida da região, em meio a preços do petróleo mais altos e esperanças de que o Fed, (Federal Reserve, banco central norte-americano) deve adiar mais a alta na taxa de juros dos EUA.

"Comentários mais conservadores do Fed combinaram-se a um rali no petróleo que levaram esses dois dias a serem um bom começo para a semana", afirmou o gerente de um sindicato de bancos à agência de notícias Reuters.

O rendimento da nova oferta está acima dos cerca de 5,86% pelos quais eram negociados na segunda-feira papéis da mineradora com vencimento em 2022.

Os títulos da Vale tiveram um substancial rali desde os menores níveis em meados de janeiro, quando os retornos sobre os bônus 2022 atingiram uma máxima de cerca de 12,38%.

Além de um maior apetite por risco, os ganhos das matérias-primas, incluindo o minério de ferro, principal produto da Vale, ajudaram o cenário de crédito nas últimas semanas.

Última emissão foi em 2012

A companhia havia ido ao mercado pela última vez em setembro de 2012, quando a emissão foi classificada com nota Baa2/A-/BBB+.

Na época, a companhia emitiu US$ 1,5 bilhão em títulos de 30 anos para um rendimento de 5,681%. Essas emissões eram negociadas nesta terça-feira a um rendimento de 7,645%, segundo dados da Reuters.

Os novos bônus devem ser avaliados com nota Ba3/BBB-/BBB e perspectiva negativa das três maiores agências de classificação de risco. BB Securities, Bank of America Merrill Lynch, Bradesco, HSBC e Santander estão coordenando a oferta.

Os recursos captados serão utilizados, entre outras coisas, para reduzir a dívida. A precificação deverá ser concluída mais tarde nesta terça-feira.