Sete firmas de advocacia nos EUA buscam investidores para processo coletivo contra Embraer
Escritórios de advocacia nos Estados Unidos estão buscando investidores para potenciais ações coletivas a fim de recuperar perdas na Bolsa com os papéis da Embraer, enquanto a fabricante brasileira de jatos enfrenta processo em que é acusada de suborno.
Na quinta-feira (4), sete escritórios nos EUA anunciaram que estão avaliando ações contra a empresa por violação da legislação norte-americana ou pela divulgação de informações enganosas a investidores. São eles: Goldberg Law; Pomerantz; Hagens Berman Sobol Shapiro; Bronstein, Gewirtz & Grossman; Lundin Law; Glancy Prongay & Murray; e Rosen Law Firm.
A Rosen Law Firm, por exemplo, disse que está preparando uma ação coletiva para que investidores recuperem as perdas sofridas com ações da Embraer. Para abrir um processo coletivo, o escritório convoca investidores que tenham comprado ações da Embraer em 28 de julho deste ano ou antes dessa data.
O Hagens Berman está convocando investidores que tenham perdido mais de US$ 75 mil com títulos mobiliários da Embraer.
O movimento ocorre após a Embraer informar em 29 de julho que estava perto de um acordo para encerrar ação judicial nos EUA por ter supostamente subornado autoridades na República Dominicana para garantir um acordo de venda de aeronaves militares.
A Embraer, terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, também disse na ocasião que provisionou US$ 200 milhões para por fim ao processo, e informou estar em negociações com autoridades norte-americanas.
As ações da companhia caíram 15,45% na Bovespa no dia da divulgação da provisão, que acompanhou o balanço do segundo trimestre da Embraer. Nos EUA, os ADRs recuaram 13,8%. A provisão influenciou no prejuízo líquido de US$ 99 milhões registrado pela empresa no segundo trimestre.
Notícias de que importantes executivos da fabricante de jatos sabiam dos pagamentos ilícitos também emergiram na mídia.
Procurada nesta sexta-feira, a Embraer disse que vem informando o mercado regularmente desde 2011 sobre as atualizações na negociação do caso sobre a venda de aviões para a República Dominicana.
A empresa acrescentou que, desde o início do caso, vem trabalhando com transparência e de maneira cooperativa com as investigações, e que tem a conclusão do processo como uma prioridade.
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