FGV: energia mais barata reduz inflação da baixa renda em fevereiro
A inflação para a baixa renda, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) desacelerou para 0,17% em fevereiro, ante leitura de 0,98% em janeiro, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). No mesmo período em 2012, o indicador subiu 0,25%.
No acumulado do ano, o IPC-C1 avançou 1,15% e, em 12 meses, 6,94%. O indicador mede a inflação para famílias com renda de até 2,5 salários mínimos (R$ 1.695).
No mês, a inflação das famílias de renda mais baixa ficou abaixo da média, mas, no acumulado, os preços seguem mais altos, segundo a FGV. Em fevereiro, o IPC-BR (das famílias com renda até 33 salários) teve alta de 0,33%, com avanço acumulado de 6,04% em 12 meses.
A desaceleração do IPC-C1 foi puxada pelo grupo habitação, que passou de deflação de 0,49% para queda de 1,86%, graças à baixa de 14,08% na tarifa de eletricidade residencial. Em janeiro, esse item recuou 5,24%. A taxa de condomínio residencial também aprofundou a queda, de 0,78% para 2,56% no período.
O grupo alimentação reduziu a alta, de 2,48% em janeiro para 1,50% em fevereiro, puxado por itens como açúcar refinado, de 1,03% para -2,4%; maçã, de 3,58% para -5,19%; e costela bovina, de -1,31% para -3,19%. Hortaliças e legumes passaram de alta de 21,29% em janeiro para 10,44% em fevereiro.
Outros três grupos registraram variações menores: despesas diversas (de 4,98% para 0,89%), educação leitura e recreação (de 2,31% para 0,64%) e vestuário (de 0,10% para -0,41%). Eles foram influenciados especialmente pelos itens cigarros (de 9,79% para 1,27%), cursos formais (de 8,91% para 0,01%) e calçados (de 0,69% para -0,38%), respectivamente.
Na contramão, apresentaram variações mais altas os grupos saúde e cuidados pessoais (de 0,19% para 0,50%), transportes (de 0,42% para 0,72%) e comunicação (de 0,03% para 0,44%).
Nessas classes de despesa, as principais influências partiram dos itens: artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,30% para 0,94%), gasolina (de -0,06% para 5,10%) e tarifa de telefone residencial (de zero para 0,84%), nesta ordem.
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