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Impacto do reajuste do salário mínimo será de R$ 29,2 bilhões em 2014

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, explica o Projeto de Lei Orçamentária para 2014 - Antonio Cruz/ABr
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, explica o Projeto de Lei Orçamentária para 2014 Imagem: Antonio Cruz/ABr

29/08/2013 15h31

O impacto do reajuste do salário mínimo nas contas públicas no próximo ano será de R$ 29,2 bilhões, segundo a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. A proposta de Orçamento de 2014, divulgada hoje pelos ministros Miriam Belchior e Guido Mantega (Fazenda), prevê um aumento de 6,6% do salário mínimo no próximo ano, que passaria dos atuais R$ 678 para R$ 722,90.

O cálculo do reajuste do salário mínimo considera o crescimento de dois anos antes mais inflação ac umulado em 12 meses. No próximo ano, esse critério será rediscutido e, portanto, poderá ser alterado para o cálculo do salário mínimo em 2015.

Projeção

O projeto traz ainda a expectativa do governo de um crescimento econômico de 4% para o ano que vem. Na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que ainda não foi aprovada pelo Congresso, a estimativa de crescimento era maior, de 4,5%. O Orçamento para o próximo ano também estima um IPCA acumulado de 5% para 2014.

Mantega disse que tanto a previsão de crescimento econômico como a de inflação em 2014 ainda são prematuras e podem ser revisadas.

O ministro disse que não é fácil prever o desempenho da economia no ano que vem porque "o momento é de grande turbulência" e que, embora pareça uma projeção ambiciosa, há sinais de recuperação da economia internacional. "O número parece ambicioso, e é, mas há sinais de retomada", afirmou, referindo-se à recuperação da economia americana e, em certa medida, da perspectiva de melhor ambiente para a China.

Superavit

A meta de superávit primário do setor público de 2014 é de 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), o que corresponde a R$ 109,4 bilhões. Para Estados e município, o governo fixou uma economia para pagamento de juros de 1% do PIB (R$ 51,3 bilhões).

Para cumprir a meta de superávit primário em 2014, o governo prevê abatimento de R$ 58 bilhões em desonerações e investimentos.

A proposta de orçamento de 2014 ainda considera uma receita primária, excluindo Previdência, de R$ 958,5 bilhões e despesa primária estimada de R$ 651,5 bilhões.

PAC

A previsão de investimento no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e Minha Casa, Minha Vida é de R$ 63,3 bilhões. Já a projeção de investimento das estatais federais é de R$ 105,6 bilhões no próximo ano. A Petrobras deve investir no país R$ 78 bilhões e no exterior, R$ 6,5 bilhões.