Governo descarta pressão cambial em inflação em 2015 e torce por clima
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira que uma das causas para que a inflação mais pressionada a partir de 2012 foi a desvalorização do câmbio. De 2012 para 2013, segundo o ministro, a desvalorização cambial foi de 35%. Ele afirmou, no entanto, que não trabalha com "pressão de câmbio" no próximo ano. Para 2015, o governo projeta uma inflação de 5%.
"Uma das causas para inflação um pouco mais pressionada a partir de 2012 foi a desvalorização do cambio. Em 2015 não estamos trabalhando com pressão de cambio. Não creio que haverá pressão da magnitude que houve no período anterior porque as variáveis internacionais estão mais acomodadas". Segundo o ministro, o impacto da desvalorização cambial para a inflação foi de 0,4 ou 0,5 ponto percentual por ano.
Mantega explicou que o governo trabalhou com uma taxa de câmbio de R$ 2,40 para o fim de 2015 para elaborar a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano, mas isso "não é uma previsão". "É muito difícil prever câmbio, então prevemos câmbio projetado em outras analises. Hoje está em 2,21, portanto é bastante razoável".
Sobre qual taxa de juros foi utilizada para elaborar a LDO de 2015, Mantega frisou que foi utilizada a taxa atual de 11%. Isso porque, se utilizasse número diferente, passaria a mensagem de como seria a trajetória da Selic.
Clima
O ministro também expressou sua esperança de que a inflação ceda, passado o choque do aumento dos preços dos alimentos, causado por problemas climáticos. Ele também espera que o clima não interfira em 2015. "Estamos projetando inflação de 5% [na LDO de 2015], considerando que ela pode ser menor ano que vem principalmente se não houver uma inflação de alimentos como temos nesse momento", afirmou.
Para Mantega, há pelo menos uma boa notícia na inflação de alimentos deste ano: ela é menor que em 2013. "Esperamos que após março e abril já tenhamos refluxos desses preços. Isso ocorre em geral todos os anos. Todo ano tem a partir de maio redução nos preços e portanto na inflação", disse.
Ao mesmo tempo, afirmou Mantega, o Banco Central está tomando medidas adequadas. "O BC está fazendo política monetária contracionista e temos taxa de juros elevada, que está combatendo a inflação e as expectativas. É o que eu tenho a dizer sobre juros. O que BC está fazendo é adequado para manter inflação sobre controle", disse. O ministro acrescentou que a realização de um superávit maior ajuda ancorar as expectativas inflacionárias.
Ele ressaltou, ainda, que a dívida líquida do setor público consolidado e a dívida bruta continuarão em trajetória de queda, com a fixação da meta de superávit primário para 2015. "A dívida publica continuará sendo reduzida dando maior solidez para economia brasileira", afirmou o ministro.
Segundo números previstos na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015, a previsão é de que a dívida líquida do setor público feche 2014 em 33,6% do PIB; 33% em 2015, 32,1% em 2016 e 31,1% de 2017. Já a dívida bruta deverá encerrar 2014 em 56,8% em 2014; 55,2% em 2015; 53,4% em 2016 e 51,5% em 2017.
Mantega disse ainda que em "2016 e 2017 é possível cresceremos a taxa de 4% como acontecia no passado". "Em 2018, teremos 30% da dívida líquida e bruta caminha para 50%, o que é um patamar muito razoável", destacou Mantega.
"Uma das causas para inflação um pouco mais pressionada a partir de 2012 foi a desvalorização do cambio. Em 2015 não estamos trabalhando com pressão de cambio. Não creio que haverá pressão da magnitude que houve no período anterior porque as variáveis internacionais estão mais acomodadas". Segundo o ministro, o impacto da desvalorização cambial para a inflação foi de 0,4 ou 0,5 ponto percentual por ano.
Mantega explicou que o governo trabalhou com uma taxa de câmbio de R$ 2,40 para o fim de 2015 para elaborar a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano, mas isso "não é uma previsão". "É muito difícil prever câmbio, então prevemos câmbio projetado em outras analises. Hoje está em 2,21, portanto é bastante razoável".
Sobre qual taxa de juros foi utilizada para elaborar a LDO de 2015, Mantega frisou que foi utilizada a taxa atual de 11%. Isso porque, se utilizasse número diferente, passaria a mensagem de como seria a trajetória da Selic.
Clima
O ministro também expressou sua esperança de que a inflação ceda, passado o choque do aumento dos preços dos alimentos, causado por problemas climáticos. Ele também espera que o clima não interfira em 2015. "Estamos projetando inflação de 5% [na LDO de 2015], considerando que ela pode ser menor ano que vem principalmente se não houver uma inflação de alimentos como temos nesse momento", afirmou.
Para Mantega, há pelo menos uma boa notícia na inflação de alimentos deste ano: ela é menor que em 2013. "Esperamos que após março e abril já tenhamos refluxos desses preços. Isso ocorre em geral todos os anos. Todo ano tem a partir de maio redução nos preços e portanto na inflação", disse.
Ao mesmo tempo, afirmou Mantega, o Banco Central está tomando medidas adequadas. "O BC está fazendo política monetária contracionista e temos taxa de juros elevada, que está combatendo a inflação e as expectativas. É o que eu tenho a dizer sobre juros. O que BC está fazendo é adequado para manter inflação sobre controle", disse. O ministro acrescentou que a realização de um superávit maior ajuda ancorar as expectativas inflacionárias.
Ele ressaltou, ainda, que a dívida líquida do setor público consolidado e a dívida bruta continuarão em trajetória de queda, com a fixação da meta de superávit primário para 2015. "A dívida publica continuará sendo reduzida dando maior solidez para economia brasileira", afirmou o ministro.
Segundo números previstos na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015, a previsão é de que a dívida líquida do setor público feche 2014 em 33,6% do PIB; 33% em 2015, 32,1% em 2016 e 31,1% de 2017. Já a dívida bruta deverá encerrar 2014 em 56,8% em 2014; 55,2% em 2015; 53,4% em 2016 e 51,5% em 2017.
Mantega disse ainda que em "2016 e 2017 é possível cresceremos a taxa de 4% como acontecia no passado". "Em 2018, teremos 30% da dívida líquida e bruta caminha para 50%, o que é um patamar muito razoável", destacou Mantega.
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