Inflação menor devolverá poder aquisitivo das famílias, aposta Mantega
O recuo da inflação esperado para o segundo trimestre pelo governo em relação ao registrado nos três primeiros meses do ano e os indicadores da atividade de abril fazem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, esperar um resultado econômico mais elevado no segundo trimestre.
Para o ministro, a queda de investimentos no primeiro trimestre, observada na divulgação do PIB hoje, esteve relacionada ao aumento de estoques no período. A inflação maior também, no começo do ano, diminuiu o consumo das famílias. Os dois fatos não são esperados para o segundo trimestre.
"À medida em que o consumo melhorar, ele vai puxar o investimento. O consumo das famílias, pelos dados do varejo, já reagiu em abril. O comércio está vendendo mais e os serviços também vão ter ajuda da Copa do Mundo", afirmou em entrevista coletiva concedida em São Paulo.
A inflação deve cair por dois fatores, na visão do ministro. O primeiro é a devolução dos preços dos alimentos, afetados no primeiro trimestre em função da seca que atingiu algumas culturas. O segundo é a sazonalidade, ou seja, abril, maio e junto são meses em que tradicionalmente inflação é mais baixa.
"O aumento dos custos com crédito reduziu o consumo. À medida que o consumo se recuperar, pode haver correção das taxas. Além do mais, com a inflação menor há mais espaço para tomada de credito, já que a inadimplência está baixa", disse.
Na avaliação do ministro da Fazenda, a inflação alta e o crédito caro e escasso foram as causas da queda de 0,1% no consumo das famílias entre o quarto trimestre do ano passado e o primeiro trimestre deste ano.
Ele ressaltou que a inflação subiu em janeiro e fevereiro, com encarecimento principalmente de alim entos, ao mesmo tempo em que o crédito ficou mais caro e menos disponível. "Embora a massa salarial tenha crescido, o crédito está escasso e a inflação de alimentos ajuda a diminuir o consumo das famílias", disse.
Sobre o PIB agropecuário, que registrou o melhor desempenho entre os componentes da oferta, o ministro o considerou bom, mas acredita que teria sido melhor não fosse a estiagem desde o fim do ano passado.
Mantega afirmou, ainda, que o PIB do primeiro trimestre foi afetado pela demora na recuperação da economia mundial. Ele espera que uma retomada da atividade global ajude a atividade no segundo trimestre. "No segundo trimestre, alguns fatores negativos não estarão presentes e do ponto de vista cambial e financeiro teremos um cenário melhor", afirmou. "Teremos um segundo trimestre melhor que o primeiro".
Efeito Copa
O ministro disse esperar efeitos difusos na economia provocados pela Copa do Mundo no país. Enquanto a indústria deverá ser afetada negativamente pelo evento, os setores de comércio e serviços devem compensar o recuo da atividade industrial.
"É importante frisar que o segundo trimestre começou melhor que o primeiro e a Copa é só em junho. Ou seja, não há o efeito dela em abril e maio. Por causa do número menor de dias úteis, a tendência é que a indústria poderá ser prejudicada pelo torneio", afirmou.
Entretanto, a venda maior de bebidas e alimentos e a demanda mais aquecida por serviços e função do torneio vão compensar o recuo na indústria. "A agricultura, por outro lado, ficará indiferente, mas deve crescer em relação ao primeiro trimestre, pois é época de colheita."
Para o ministro, a queda de investimentos no primeiro trimestre, observada na divulgação do PIB hoje, esteve relacionada ao aumento de estoques no período. A inflação maior também, no começo do ano, diminuiu o consumo das famílias. Os dois fatos não são esperados para o segundo trimestre.
"À medida em que o consumo melhorar, ele vai puxar o investimento. O consumo das famílias, pelos dados do varejo, já reagiu em abril. O comércio está vendendo mais e os serviços também vão ter ajuda da Copa do Mundo", afirmou em entrevista coletiva concedida em São Paulo.
A inflação deve cair por dois fatores, na visão do ministro. O primeiro é a devolução dos preços dos alimentos, afetados no primeiro trimestre em função da seca que atingiu algumas culturas. O segundo é a sazonalidade, ou seja, abril, maio e junto são meses em que tradicionalmente inflação é mais baixa.
"O aumento dos custos com crédito reduziu o consumo. À medida que o consumo se recuperar, pode haver correção das taxas. Além do mais, com a inflação menor há mais espaço para tomada de credito, já que a inadimplência está baixa", disse.
Na avaliação do ministro da Fazenda, a inflação alta e o crédito caro e escasso foram as causas da queda de 0,1% no consumo das famílias entre o quarto trimestre do ano passado e o primeiro trimestre deste ano.
Ele ressaltou que a inflação subiu em janeiro e fevereiro, com encarecimento principalmente de alim entos, ao mesmo tempo em que o crédito ficou mais caro e menos disponível. "Embora a massa salarial tenha crescido, o crédito está escasso e a inflação de alimentos ajuda a diminuir o consumo das famílias", disse.
Sobre o PIB agropecuário, que registrou o melhor desempenho entre os componentes da oferta, o ministro o considerou bom, mas acredita que teria sido melhor não fosse a estiagem desde o fim do ano passado.
Mantega afirmou, ainda, que o PIB do primeiro trimestre foi afetado pela demora na recuperação da economia mundial. Ele espera que uma retomada da atividade global ajude a atividade no segundo trimestre. "No segundo trimestre, alguns fatores negativos não estarão presentes e do ponto de vista cambial e financeiro teremos um cenário melhor", afirmou. "Teremos um segundo trimestre melhor que o primeiro".
Efeito Copa
O ministro disse esperar efeitos difusos na economia provocados pela Copa do Mundo no país. Enquanto a indústria deverá ser afetada negativamente pelo evento, os setores de comércio e serviços devem compensar o recuo da atividade industrial.
"É importante frisar que o segundo trimestre começou melhor que o primeiro e a Copa é só em junho. Ou seja, não há o efeito dela em abril e maio. Por causa do número menor de dias úteis, a tendência é que a indústria poderá ser prejudicada pelo torneio", afirmou.
Entretanto, a venda maior de bebidas e alimentos e a demanda mais aquecida por serviços e função do torneio vão compensar o recuo na indústria. "A agricultura, por outro lado, ficará indiferente, mas deve crescer em relação ao primeiro trimestre, pois é época de colheita."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.