Idade do CEO pode afetar processo de fusão ou aquisição da empresa
Aqui vai uma dica para aqueles que gostam de profetizar aquisições corporativas: procure por companhias em que o CEO está fazendo 65 anos. Não 63, nem 67 anos. O momento mágico para os que buscam fusões é especificamente a tradicional aposentadoria aos 65.
Um novo artigo com a coautoria de Dirk Jenter, professor associado de finanças na Stanford Graduate School of Business, e Katharina Lewellen, da Tuck School of Business, mostra que mesmo uma diferença de dois anos na idade do CEO tem um impacto notável na probabilidade de uma companhia ser comprada.
Empresas com alguém de 65 anos no comando têm 40% mais chances de receber uma oferta de aquisição do que aquelas com um executivo de 63 anos no comando. E também têm mais chances de serem adquiridas.
Isso significa que os CEOs de 65 anos estão simplesmente vendendo suas companhias na esperança de abocanhar um último grande bônus antes de se dedicarem ao tempo livre na aposentadoria? Estariam eles colocando seus interesses à frente dos interesses dos acionistas?
Essa é a outra surpresa do estudo. O desafio para os acionistas, pensa Jenter, não são CEOs próximos da aposentadoria muito ávidos para vender; e sim CEOs mais novos, muitos dos quais acabaram de atingir o pico de suas carreiras, que são muito relutantes. Eles têm muito a perder.
"Todos, intuitivamente, pensam que os mais velhos talvez estejam fazendo algo errado", diz Jenter. "Mas não temos evidências de que os acordos conduzidos pelos executivos de 65 anos sejam maus negócios. Eles parecem tão bons quanto aqueles realizados pelos mais jovens. A questão é: por que os mais novos não têm feito mais negócios como esses?"
Vale notar que os CEOs quase aposentados não são necessariamente as pessoas que vão iniciar as vendas das companhias. Jenter suspeita que a iniciativa parta de investidores e companhias à espreita de aquisições. Esses aspirantes a transações conscientemente procuram por empresas em que o CEO esteja por se aposentar, porque esses CEOs têm menos a perder e oferecem menos resistência.
Também é surpresa no estudo que os 65 anos são uma idade essencial para a aposentadoria dos CEOs. As pessoas estão vivendo mais, e as bem-sucedidas estão especialmente propensas a permanecer ativas e saudáveis por muito tempo depois dos 65.
Contudo, os pesquisadores descobriram que os 65 são como um momento de decisão para muitos executivos. Se eles estão pensando em se aposentar, essa é a idade em que eles geralmente fazem isso. A tendência de os CEOs se aposentarem passa de 13% aos 63 para quase 21% aos 65. Para os que passam dos 65, ela cai para 17%.
Para Jenter, o estudo poderia influenciar políticas de remuneração, como os "golden parachutes", bônus que executivos recebem em caso de perda de emprego por causa de uma fusão. Seu objetivo é desencorajar a tendência dos presidentes a se oporem a propostas de compra ? mesmo que elas beneficiem acionistas ? por causa da ameaça aos seus empregos. Jenter considera que esses bônus deveriam ser maiores para CEOs mais jovens. Um CEO às portas da aposentadoria não tem muito a temer por uma aquisição e não necessita de incentivos tão vultosos.
Um novo artigo com a coautoria de Dirk Jenter, professor associado de finanças na Stanford Graduate School of Business, e Katharina Lewellen, da Tuck School of Business, mostra que mesmo uma diferença de dois anos na idade do CEO tem um impacto notável na probabilidade de uma companhia ser comprada.
Empresas com alguém de 65 anos no comando têm 40% mais chances de receber uma oferta de aquisição do que aquelas com um executivo de 63 anos no comando. E também têm mais chances de serem adquiridas.
Isso significa que os CEOs de 65 anos estão simplesmente vendendo suas companhias na esperança de abocanhar um último grande bônus antes de se dedicarem ao tempo livre na aposentadoria? Estariam eles colocando seus interesses à frente dos interesses dos acionistas?
Essa é a outra surpresa do estudo. O desafio para os acionistas, pensa Jenter, não são CEOs próximos da aposentadoria muito ávidos para vender; e sim CEOs mais novos, muitos dos quais acabaram de atingir o pico de suas carreiras, que são muito relutantes. Eles têm muito a perder.
"Todos, intuitivamente, pensam que os mais velhos talvez estejam fazendo algo errado", diz Jenter. "Mas não temos evidências de que os acordos conduzidos pelos executivos de 65 anos sejam maus negócios. Eles parecem tão bons quanto aqueles realizados pelos mais jovens. A questão é: por que os mais novos não têm feito mais negócios como esses?"
Vale notar que os CEOs quase aposentados não são necessariamente as pessoas que vão iniciar as vendas das companhias. Jenter suspeita que a iniciativa parta de investidores e companhias à espreita de aquisições. Esses aspirantes a transações conscientemente procuram por empresas em que o CEO esteja por se aposentar, porque esses CEOs têm menos a perder e oferecem menos resistência.
Também é surpresa no estudo que os 65 anos são uma idade essencial para a aposentadoria dos CEOs. As pessoas estão vivendo mais, e as bem-sucedidas estão especialmente propensas a permanecer ativas e saudáveis por muito tempo depois dos 65.
Contudo, os pesquisadores descobriram que os 65 são como um momento de decisão para muitos executivos. Se eles estão pensando em se aposentar, essa é a idade em que eles geralmente fazem isso. A tendência de os CEOs se aposentarem passa de 13% aos 63 para quase 21% aos 65. Para os que passam dos 65, ela cai para 17%.
Para Jenter, o estudo poderia influenciar políticas de remuneração, como os "golden parachutes", bônus que executivos recebem em caso de perda de emprego por causa de uma fusão. Seu objetivo é desencorajar a tendência dos presidentes a se oporem a propostas de compra ? mesmo que elas beneficiem acionistas ? por causa da ameaça aos seus empregos. Jenter considera que esses bônus deveriam ser maiores para CEOs mais jovens. Um CEO às portas da aposentadoria não tem muito a temer por uma aquisição e não necessita de incentivos tão vultosos.
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