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Oposição nega acordo em CPI e já articula nova investigação para 2015

06/11/2014 18h46

Após o senador Aécio Neves (PSDB-MG) ter negado que o partido pactue com acordo na CPI mista da Petrobras para blindar políticos citados nas investigações, os líderes dos quatro partidos de oposição na Câmara dos Deputados (PSDB, DEM, PPS e Solidariedade) fizeram o mesmo. Negam participação no acordo e anunciam que já estão coletando assinaturas para que as investigações de supostas irregularidades na Petrobras continuem no ano que vem.

"Os líderes dos partidos de oposição esclarecem que rechaçam veementemente o suposto acordo anunciado ontem pelo relator da CPI mista da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS). Do mesmo modo, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) classifica como 'vergonhosa' a citação de seu nome como partícipe de um acordo para proteger quem quer que seja", diz a nota.

"Não compactuamos e nem participaremos de qualquer acordo que resulte em impunidade", afirma.

Na nota, informam que a coleta de assinaturas para outra CPI em 2015 já foi iniciada e manifestam a expectativa de que ela seja a primeira a ser instalada no início da próxima legislatura. "Todos os agentes políticos vinculados ao escândalo de corrupção na empresa devem ser não apenas ouvidos, como punidos se comprovado seu envolvimento no caso, independentemente da filiação partidária", termina o documento, assinado pelos líderes do PSDB, Antônio Imbassahy (BA), do DEM, Mendonça Filho (PE), do Solidariedade, Fernando Francischini (SP) e do PPS, Rubens Bueno (PR).

Irritação

Aécio demonstrou irritação ao saber que parlamentares do PSDB haviam concordado em não convocar alguns políticos para depor. Ele divulgou nota com a intenção de deixar claro que ele não foi consultado nem aprovou qualquer entendimento para blindar políticos envolvidos no suposto esquema de corrupção.