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Atividade da indústria brasileira cai de novo em maio, apura HSBC

01/06/2015 12h52


A atividade da indústria brasileira caiu novamente em maio, com recuo nas novas encomendas, produção e nível de emprego, de acordo com pesquisa do HSBC, divulgada pela Markit. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) recuou de 46 pontos em abril para 45,9 pontos em maio, o menor nível desde setembro de 2011. Abaixo de 50 o indicador mostra atividade em contração.

De acordo com relatório do HSBC, a queda da produção foi mais pronunciada no segmento de bens de consumo. "Os entrevistados indicaram que a demanda tem sido prejudicada pela alta taxa de inflação e pela economia cada vez mais frágil". Novos pedidos do exterior também registraram queda.

Este cenário levou o emprego na indústria a ter a maior piora em seis anos. O recuo foi generalizado entre os segmentos industriais, segundo o banco.

Os estoques continuaram a cair pelo quinto mês consecutivo e no maior ritmo desde março de 2012 em maio. As compras de insumos também recuaram.

"A queda nas encomendas e na produção foi menos acentuada, mas os últimos dados indicam que a contração continua severa. Apesar da depreciação cambial, as encomendas externas continuam caindo. As firmas têm dificuldade em ser competitivas por causa do aumento dos custos de importação", diz Pollyanna de Lima, economista da Markit.

O PMI mede a atividade da indústria levando em conta parâmetros como produção, estoques, novas encomendas, preços e emprego, a partir de informações levantadas entre cerca de 400 companhias do país.