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Embraer está otimista com possibilidade de vender E-Jets para a TAP

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Imagem: Divulgação

12/06/2015 10h10Atualizada em 12/06/2015 14h13

A Embraer está otimista com a possibilidade de vender seus E-Jets para a portuguesa TAP, adquirida pelo consórcio Gateway, integrado pelo empresário David Neeleman, dono da brasileira Azul.

"Nossos parabéns ao David e acreditamos que haja um bom espaço para aeronaves E-Jets na TAP, seja em rotas com menor densidade de passageiros, seja em rotas que podem oferecer sempre mais freqüências e melhores serviços aos passageiros", disse Paulo Cesar Silva, presidente da Embraer Aviação Comercial.

A TAP tem 77 aviões, sendo 61 Airbus e oito aeronaves da Embraer. Os modelos da fabricante brasileira voam na Portugália Airlines (PGA), de aviação regional.

A Azul opera hoje a maior frota de jatos E195, de 120 lugares, no mundo, com 60 unidades. Em maio deste ano, a companhia confirmou uma encomenda firme de 50 aeronaves do modelo de nova geração - E-195 E2 - e outras 20 opções, um negócio da ordem de US$ 3,2 bilhões, segundo o preço de lista das aeronaves.

A frota da Azul é composta hoje por 82 jatos Embraer e ainda aguarda a entrega de outros seis E195.

Desde que entraram em serviço, em 2004, os E-Jets da Embraer, família de aeronaves composta por quatro modelos de 70 a 130 assentos, já receberam mais de 1.500 pedidos. Deste total, 1.100 foram entregues para 70 companhias aéreas em 50 países. A América do Norte é o principal destino dos E-Jets da fabricante brasileira, respondendo por quase 50% das suas vendas de jatos comerciais.

Com mais de 50% das vendas e 60% das entregas do mercado mundial, os jatos regionais fabricados pela Embraer se destacam pela combinação de custo operacional atrativo e cabines ergonômicas e espaçosas, com dois assentos por fileira.

Em 2013, a empresa lançou a segunda geração de aeronaves comerciais, os E-Jets E-2, que já contam com 242 pedidos firmes, além de 348 opções e direitos de compra. O primeiro avião E2 está previsto para ser entregue em 2018. A Azul opera hoje a maior frota de jatos E195 no mundo.

A expectativa da Embraer é que os jatos regionais sustentem a eficiência das companhias aéreas em operações de alimentação de tráfego nos grandes aeroportos e atuem de forma complementar aos aviões de maior porte, de corredor único. Desta forma, a empresa acredita que os E-Jets estariam bem posicionados para incentivar o desenvolvimento de novos mercados de média densidade com menores riscos.

A principal mudança que será incorporada nos jatos E2 em relação à atual família está relacionada ao motor. A Embraer selecionou as turbinas da Pratt & Whitney, que prometem uma economia de consumo de 16% e uma redução de 20% nos custos de operação das aeronaves.

(Colaborou João José Oliveira, de São Paulo)