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Atividade da indústria brasileira tem alta em julho, nota Markit

03/08/2015 15h07


A atividade no setor industrial brasileiro voltou a subir em julho, de acordo com o Índice Gerente de Compras (PMI), calculado pela Markit. O indicador avançou de 46,5 em junho para 47,2 pontos. Mesmo com a elevação, o PMI continua abaixo de 50 pontos, o que nesta pesquisa indica contração em relação ao mês anterior, embora em menor intensidade.

O resultado de julho foi impulsionado, segundo nota divulgada pela Markit, pelo volume de novos pedidos e pelo indicador de produção - os dois de maior peso no PMI. Tanto a entrada de novos pedidos quanto o volume de produção diminuíram pelo sexto mês consecutivo, com os entrevistados citando, especialmente, as atuais difíceis condições econômicas. As taxas de contração, porém, foram menores no mês passado.

"As evidências indicaram que os fabricantes brasileiros se mostraram cada vez mais cautelosos no que diz respeito ao controle de custos, uma situação agravada pela diminuição prolongada do volume de novos pedidos", destaca a nota da instituição. Em função do controle de custos, os empresários do setor industrial reduziram o quadro de funcionários.

Para a economista da Markit e autora do relatório Pollyanna De Lima, "a recessão no setor industrial do Brasil mostrou sinais de moderação em julho, com os volumes de produção e de novos pedidos caindo por taxas mais tênues. Apesar disso, a leitura mais recente do PMI ficou entre as mais baixas desde 2011, refletindo uma economia em declínio".

Pollyanna destaca em seu comentário que as pressões para os cortes de empregos continuam a ser claramente intensas em todo o país, com as empresas tendo dificuldades devido à queda da demanda.

Os custos de insumos e os preços cobrados cresceram por taxas mais fracas, abaixo de suas respectivas médias históricas. "A combinação de pressões inflacionárias mais tênues e de reduções constantes nos volumes de produção pode incentivar o Comitê de Política Monetária a adiar novos aumentos de taxas de juros", avalia Pollyanna.

A abertura dos por setores destacaram declínios amplos nos volumes de novos pedidos e de produção, nos níveis de compras e de empregos, com contrações sendo observadas nos três grupos de mercado monitorados. A categoria de pior desempenho em julho foi a de bens de capital.