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Confiança do setor de serviços sobe em janeiro, aponta FGV

31/01/2017 09h06

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas subiu 4,1 pontos em janeiro, para 80,4 pontos. Com a alta, o indicador ultrapassa a marca dos 80 pontos pela primeira vez desde fevereiro de 2015.

"A melhora na percepção do setor sobre as condições de negócios, tanto em relação a fatores atuais quanto sobre as expectativas, é um aspecto favorável da Sondagem de Serviços neste início de ano", diz, em nota Silvio Sales, consultor do Ibre-FGV. Ele pondera, contudo, que o indicador de confiança ainda está na área de pessimismo, uma vez que segue em patamar historicamente muito baixo. "De todo modo, esses resultados podem sinalizar o início da reação no ânimo empresarial em resposta a um contexto de inflação em queda e de uma perspectiva de melhora nas condições de crédito" avaliou.

Das 13 atividades pesquisadas, 11 apresentaram alta da confiança em janeiro. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 4,7 pontos, para 74,3 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) aumentou 3,2 pontos, para 86,6 pontos.

A maior contribuição para a melhora do ISA no mês foi dada pelo indicador de percepção com a Situação Atual dos Negócios, com alta de 5,2 pontos, para 74,4 pontos. Entre os indicadores integrantes do Índice de Expectativas, o destaque positivo foi o de Tendência dos Negócios para os seis meses seguintes, que variou 4,5 pontos, para 90,3 pontos.

Apesar da melhora na confiança, o setor de serviços esteve mais ocioso em janeiro. O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) caiu 0,5 ponto percentual, para 82,3%.

Segmentos

A alta da confiança do setor de serviços em janeiro de 2017 atingiu três dos quatro segmentos mais importantes. O destaque positivo foi o de Serviços de Informação e Telecomunicações e, a exceção, o de Serviços de Transporte. De modo geral, em séries de médias móveis bimestrais, o movimento destes setores é relativamente homogêneo, com queda acentuada até fins de 2015 e aceleração a partir do segundo semestre de 2016, diz a FGV.

A edição de janeiro da sondagem dos serviços colheu informações de 1.880 empresas entre os dias 2 e 27 deste mês.