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IBGE reduz em 900 mil toneladas a previsão para a safra brasileira em 2014

Do UOL, em São Paulo

10/04/2014 10h57

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) reduziu em 900 mil toneladas a previsão de safra de grãos para este ano, em relação à projeção divulgada no mês passado, prevendo agora a produção de 189,4 milhões de toneladas.

Os dados fazem parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de março, divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (10).

Mesmo com a redução nas projeções, o órgão espera que a produção em 2014 seja 1,2 milhão de toneladas maior (0,7%) do que a do ano passado. A área a ser colhida deverá ser de 55,6 milhões de hectares, o que representa um acréscimo de 5,3% em relação a 2013.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) também divulgou hoje sua previsão de safra de grãos. Segundo o levantamento, o país deve colher 190,6 milhões de toneladas, número que representa aumento de 1,1% em relação à temporada anterior, quando foram colhidas 188,7 milhões de toneladas.

Segundo o levantamento do IBGE, em relação ao ano passado, deverá haver crescimento na colheita de dois dos três principais grãos cultivados no Brasil: a produção de arroz deverá ser elevada em 7,7%, e a de soja, em 6,2%; no milho, porém, é esperada uma redução de 8,5% na colheita.

São esperados aumentos de produção de 16 dos 26 produtos analisados pelo IBGE, entre eles algodão herbáceo em caroço (23,5%), café canephora ou conilon (13%), feijão primeira safra (56,6%), feijão segunda safra (1,8%), mandioca (6,9%) e trigo (17,3%).

Já entre os produtos que deverão ter queda na produção neste ano estão café arábica (-8,1%), cevada  (-8,4%), feijão terceira safra (-2,8%) e aveia (-1,3%).

Em comparação com a safra passada, apenas a região Nordeste terá aumento na produção (50,2%), de acordo com o IBGE. No Norte, a produção ficará estável. As demais regiões devem apresentar queda na colheita de grãos: Sudeste (-14,7%), Centro-Oeste (-1,3%) e Sul (-1,1%).

As previsões e levantamentos de safra realizadas pelo IBGE, referem-se ao período entre janeiro e dezembro. Já as pesquisas da Conab, além de apresentarem metodologias diferentes, são feitas tomando como base o ano-safra brasileiro, que vai de outubro de um ano a setembro do ano seguinte.

(Com Agência Brasil)