Onyx vai alegar problemas de segurança para atraso de calendário
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O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, é conhecido por sua defesa enfática do governo do presidente Jair Bolsonaro e também por algumas promessas que ou não saem do papel ou não são cumpridas exatamente como prometido.
A novela em torno do calendário da segunda parcela do pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 está atualmente parada justamente na mesa do ministro. No início desta semana, a assessoria da Cidadania disse que ela sairia na terça-feira. Agora, nos bastidores, avisam que estão correndo para conseguir publicá-la até amanhã (15).
De acordo com um auxiliar do ministro, o problema para o atraso na divulgação do calendário aconteceu por "questões de segurança". "Amanhã vai ficar tudo esclarecido", disse.
Nesta semana, os Ministérios da Defesa (MD) e da Cidadania (MC) informam que, dos quase 1,8 milhão de CPFs constantes da base de dados do MD, 73.242 (4,17%) receberam o auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal. Isso inclui militares (ativos e inativos, de carreira e temporários), pensionistas, dependentes e anistiados.
Após a revelação, o Ministério da Cidadania informou que os militares terão que devolver os recursos aos cofres públicos e o Tribunal de Contas da União determinou que o governo inclua no Portal da Transparência as informações de todos os cidadãos contemplados com o auxílio emergencial de R$ 600.
A Caixa já informou que está pronta para fazer os pagamentos, mas que aguarda ordem e as datas do ministério. Fontes do banco também disseram que a promessa é que o documento chegue nesta sexta-feira.
Atraso
O governo chegou a anunciar que a segunda parcela seria paga dia 27 de abril. Depois, prometeu antecipar o pagamento, mas o ministro teve que voltar atrás após ser desautorizado pelo presidente.
Acontece que, ao anunciar a antecipação, o ministro não se ateve ao fato de que o governo precisaria de um crédito suplementar, se não poderia ser enquadrado da Lei de responsabilidade fiscal.
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, garantiu desde o início que as três parcelas do auxílio emergencial de R$ 600 devido à pandemia do novo coronavírus serão garantidas para todos os que se enquadrarem nos requisitos da medida. Agora, os brasileiros mais vulneráveis e que dependem do recurso para enfrentar a crise, esperam que essa palavra seja cumprida.
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