Pazuello, o ministro interino que deixa Bolsonaro satisfeito e sem pressa
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Enquanto o Ministério da Saúde registra um vaivém nas decisões da divulgação do número de brasileiros atingidos e mortos pelo coronavírus, o general Eduardo Pazuello, que está há quase um mês interino no cargo de ministro, após o pedido de demissão de Nelson Teich, tem conquistado espaço com o presidente Jair Bolsonaro.
A participação de Pazuello na reunião ministerial no Palácio da Alvorada nesta terça-feira (8) pela manhã foi elogiada por Bolsonaro. À tarde, o comportamento do general em sabatina na Câmara também foi bem avaliado pelo governo.
No Palácio do Planalto, o discurso segue o mesmo: de que Pazuello está no comando da Saúde de forma interina, mas que "não há pressa" para encontrar um titular.
É temerário que a pasta — que deve comandar as ações de combate à covid-19, que segue matando milhares de brasileiros por dia — não registre necessidade de atuar com velocidade. Auxiliares do presidente rebatem. Dizem que a calma do presidente não seria contra a doença e afirmam que Pazuello está conseguindo uma boa interlocução com as secretarias estaduais.
Segundo um auxiliar, o interino - "conhecido por fazer acontecer" - está lidando "muito bem com a pressão" de administrar a pasta em meio a pandemia.
Ministros próximos do presidente, principalmente os de origem militar, salientam que Pazuello está "no lugar certo para a missão", mas que sua permanência ainda não está nos planos do presidente.
"Não é o programado (que ele se torne ministro)", disse um auxiliar direto do presidente. "Ele é um interino, mas não há pressa do presidente em achar um titular", disse outra fonte do Planalto.
Militares que conhecem Pazuello, que ainda está na ativa, dizem que ele não teria vontade de permanecer e que tem ambições dentro da caserna.
No entanto, da forma como Pazuello se comporta - obediente aos rompantes e pedidos polêmicos do presidente - não surpreenderia se a falta de pressa de Bolsonaro em ter um titular na Saúde se estendesse de forma permanente.
Certo mesmo é que a pandemia no Brasil, infelizmente, está longe do fim.
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