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Carla Araújo

REPORTAGEM

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"Viva a democracia", diz Temer sobre encontro de Lula e FHC; PSDB em alerta

Do UOL, em Brasília

21/05/2021 12h53Atualizada em 21/05/2021 14h10

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O ex-presidente Michel Temer afirmou que vê com bons olhos o encontro entre os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

"Promover o confronto de ideias é ótimo. Promover o confronto entre pessoas é péssimo. Viva a democracia", respondeu à coluna, por mensagem, ao ser questionado sobre como avaliava o encontro.

Cautela no PSDB

Já o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, afirmou à coluna que o encontro entre os dois presidente pode ajudar no enfrentamento do atual presidente Jair Bolsonaro, mas que o partido precisa ter cautela nessas relações.

"Esse encontro ajuda a derrotar Bolsonaro, mas não faz bem a um potencial candidato do PSDB", afirmou Araújo, que foi ministro durante o governo Michel Temer e também foi o deputado responsável pelo voto que culminou com a abertura de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Segundo ele, é característica do PSDB "saber dialogar, inclusive com adversários políticos", mas é preciso ficar atento ao sinal que o eleitor terá com essa aproximação.

"Precisamos evitar sinais trocados a nossos eleitores. O partido segue firme na construção de uma candidatura distante dos extremos que se estabeleceram na democracia brasileira", disse.

Bruno Araújo disse ainda que o ex-presidente Lula quer buscar votos e não uma ajuda de FHC. "Depois de o petismo rotular o seu governo de "herança maldita", parece mais que estão em busca de votos do que um reconhecimento da gestão de FHC".

Apoio militar

Para alguns militares ouvidos pela coluna, o fato de o encontro entre os dois ex-presidentes ter sido organizado pelo ex-ministro Nelson Jobim sinaliza que Lula voltará a buscar apoio dos militares para a eleição de 2022.

Na caserna, FHC traz memórias ruins, já que foi o responsável pela edição de uma Medida Provisória que reduziu alguns benefícios do militares.

Já no caso de Lula, apesar de muitos militares estarem associados cada vez mais a Bolsonaro, há memórias positivas. Durante seu governo, a classe - nas palavras do um general - "foi extremamente valorizada".