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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Ex-ministro, general Fernando Azevedo não assumirá mais direção do TSE

Ex-ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva - Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Ex-ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Do UOL, em Brasília

16/02/2022 12h02

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O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) informou, nesta quarta-feira (16), que o general Fernando Azevedo, ex-ministro da Defesa do governo do presidente Jair Bolsonaro, não irá mais assumir a Diretoria-Geral do TSE.

"Na última terça-feira (15), o general Fernando Azevedo comunicou aos ministros Edson Fachin e Alexandre de Morais que, em virtude de questões pessoais de saúde e familiares, não ficará à frente da Diretoria-Geral do Tribunal Superior Eleitoral na próxima gestão que inicia em 22 de fevereiro", disse o TSE, em nota.

Azevedo esteve presencialmente com os ministros do TSE ontem (15) e, segundo apurou a coluna, informou que havia tomado a decisão de que precisava cuidar da saúde, já que alguns exames apontaram problemas cardíacos.

O ex-ministro já estava participando de algumas reuniões de transição no TSE e, segundo auxiliares, vinha elogiando o profissionalismo da Corte e reiterando a crença de lisura do processo eleitoral. A pressão da família, no entanto, pesou para a decisão do ministro de não assumir o cargo.

Segundo a Corte eleitoral, um novo nome para a Diretoria-Geral deve ser apresentado até o fim desta semana.

A função tem como responsabilidade cuidar da secretaria de tecnologia e também gerenciar licitações e questões administrativas.

O general da reserva sempre teve uma boa relação com o Judiciário e antes de assumir a Defesa chegou a ser assessor especial do ministro e ex-presidente do STF Dias Toffoli.

A expectativa era que Azevedo assumisse o cargo com a chegada de Fachin à presidência da Corte e permanecesse até o pleito de outubro.

Visto como um militar da ala mais moderada das Forças Armadas, Azevedo foi substituído no final de março do ano passado pelo então ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, considerado mais alinhado com Bolsonaro.

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