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Ibovespa hoje: Tensões geopolíticas, PEC da Transição, Lula na COP-27
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As Bolsas mundiais operam sem uma direção única nesta quarta-feira (16). O mercado ainda absorve as informações sobre os mísseis que atingiram a Polônia, situação que pode aumentar as tensões na Europa com uma escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Por aqui, o foco após o feriado de Proclamação da República está nas discussões em torno da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição e, principalmente, no pronunciamento do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, na COP27, no Egito, com expectativas do mercado por nomes da equipe econômica. Veja outros destaques do dia:
Autoria dos mísseis. Vale lembrar que a Polônia faz parte dos países membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), capitaneada pelos Estados Unidos. O próprio presidente dos EUA, Joe Biden, disse ser "improvável" que os mísseis tenham sido disparados pela Rússia, mas o mercado seguirá atento.
Falas do presidente do BC. Ainda no Brasil, tivemos ontem o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dizendo que "precisamos ter olhar social com responsabilidade fiscal" e que "o Brasil tinha corte de juros precificado, mas há questão com incerteza sobre a PEC [da Transição]".
Outro grande ponto da fala de Campos Neto foi com relação ao déficit primário em 2023, que aumentaria de 0,8% para 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto), além de informações sobre a inflação ter melhorado em termos de qualidade, mas estar "esperando o PIB desacelerar".
Tudo isso deixa margem para manutenção dos juros básicos da economia (Selic) no patamar de 13,75% por mais tempo do que o esperado ou até uma alta, a depender da evolução da economia.
Balanços de empresas. Na parte corporativa, tivemos o Nubank revertendo o prejuízo e gerando lucro líquido de US$ 7,8 milhões no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2021. Foi o primeiro resultado positivo da holding, que comemorou o crescimento no número de clientes e o aumento no uso do banco digital, mas segue receosa pelo aumento da inadimplência e atenta ao cenário incerto para frente.
Já a Localiza divulgou seus números com lucro líquido ajustado de R$ 682,1 milhões no terceiro trimestre, abaixo do consenso do mercado (R$ 769 milhões). A geração de caixa (Ebitda) cresceu 30,9%, e a receita líquida consolidada subiu 40%.
Para hoje, outro ponto de atenção é a divulgação da prévia da carteira teórica do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), que entra em vigor em janeiro.
Dados do Reino Unido. Lá fora, tivemos dados de inflação na Inglaterra atingindo novo recorde histórico, o que reforça as expectativas por um aumento nos juros (ainda sem clareza quanto à magnitude). Seguindo pela Europa, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, falará na Alemanha.
Otimismo nos EUA. Nos EUA, as Bolsas operam em leve alta, com projeções de aumento menor nos juros somadas ao otimismo do balanço do Walmart, que ainda anunciou recompra de ações. O encontro entre Biden e o presidente da China, Xi Jinping, também deixou investidores confiantes de que as maiores economias do mundo podem entrar em consenso, mesmo com algumas divergências, como Taiwan.
Ontem, tivemos a inflação ao produtor nos EUA (PPI) vindo menor que o esperado, o que ajudou as Bolsas americanas a fecharem positivas. Ainda hoje teremos os números das vendas do varejo e da produção industrial.
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Confira como foi o fechamento do dólar, do euro e da Bolsa na segunda (14)
Dólar: -0,64%, R$ 5,30
Euro: -0,81%, R$ 5,482
B3 (Ibovespa): +0,81%, 113.161,28 pontos
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