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Preço do combustível e dólar devem manter passagens aéreas caras em 2023
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O UOL consultou as maiores empresas e associações do setor aéreo no Brasil para saber o que esperar em 2023. Veja a seguir:
Gol: passagens caras
- Pressão de custos continuará em 2023
- O motivo é o preço elevado do combustível e a desvalorização do real frente ao dólar
- Deve haver retomada da oferta de assentos nos mercados doméstico e internacional, chegando ao equivalente de 2019
O novo ciclo de crescimento será puxado especialmente pelas viagens corporativas, em função de uma necessidade de desenvolver a economia no momento pós-pandemia, assim como o segmento de feiras, congressos e eventos.
Eduardo Bernardes, vice-presidente de receitas da companhia aérea Gol
O IPCA-15, que é a prévia da inflação oficial, registrou alta 5,9% em 2022, e as passagens aéreas tiveram elevação de 24,02% no mesmo período.
Latam: leis menos restritas
- Para expansão do mercado em 2023, será preciso um planejamento focado em investimentos de infraestrutura
- Criação de políticas públicas que tragam investidores para a produção do combustível sustentável
- Elaboração de legislação menos restritiva e equiparada com os mercados internacionais
- Criação de um plano para o fornecimento de mão de obra qualificada ao setor
Daremos continuidade à nossa agenda de sustentabilidade para alcançarmos a nossa meta de sermos carbono neutro até 2050 e continuaremos participando ativamente das discussões que envolvem a criação de uma política pública em relação aos combustíveis sustentáveis de aviação.
Aline Mafra, diretora comercial e de marketing da companhia aérea Latam Brasil
Azul: brasileiro quer viajar
- Otimismo com o mercado, que deve continuar crescendo em 2023
- Cada vez mais, devem crescer os gastos com viagens
- O brasileiro quer viajar, e essa deve ser a tendência para este ano
Estou otimista sobre demanda e indústria em geral, e acho que pessoas agora querem viver experiências de vida, junto a suas famílias.
Abhi Shah, presidente da companhia aérea Azul
Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas): Retomada
- 2023 surge como o ano de retomada do crescimento das operações domésticas e de recuperação das internacionais
- Enfrentamento de alguns problemas estruturais da aviação no Brasil
- Prioridades: Revisão da política de preços do querosene de aviação (que afeta o preço final da passagem), combate à excessiva judicialização do setor aéreo e viabilização do combustível sustentável de aviação
Se formos capazes de enfrentar esses desafios em 2023, a aviação brasileira voltará a ser mais competitiva, assim como aconteceu no período entre 2002 e 2017 que, contanto com o modelo de liberdade tarifária, aliado ao aumento do emprego e do poder de consumo da população, saltamos de 30 para 100 milhões de passageiros transportados ao final desses 15 anos, muitos pela primeira vez.
Abear
Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral): setor vem crescendo
- Perspectivas para 2023 são bastante positivas
- O setor já vem crescendo consistentemente desde a pandemia
- Desde o início da pandemia, o número de jatos cresceu 22% e o de operações de pouso e decolagem cresceu mais de 25%
- Deve haver o impacto positivo da Lei do Voo Simples, com novas regras que para o setor, como regulamentação de propriedade compartilhada
- Avanço da aviação agrícola com o crescimento do agronegócio
É muito difícil crescer em um ambiente de recessão, inflação alta, juros em ascensão e instabilidade política. Se a economia não for bem no país, todos perdem, inclusive a aviação de negócios. [...] esperamos que o novo governo não meta os pés pelas mãos e tenha responsabilidade fiscal e uma política cambial e tributária racionais, pois impostos e dólar altos são outros inimigos históricos do setor.
Abag
Boeing: mais sustentabilidade
- Atuação em conjunto do setor aeroespacial vai tornar a indústria da aviação mais sustentável
O Brasil tem uma oportunidade única de liderar a produção de combustível de aviação sustentável em escala global, graças à sua experiência na produção de biocombustíveis. Além disso, o país é o maior mercado da América Latina e está bem posicionado para uma recuperação saudável para além das turbulências do mercado a curto prazo.
Landon Loomis, presidente para América Latina e Caribe, e vice-presidente para a política global da Boeing
Sita (Sociedade Internacional de Telecomunicações Aeronáuticas): mais tecnologia
- Aumento na velocidade da transformação digital da indústria de viagens, que foi alavancada pela pandemia
- Necessidade de viagens mais automatizadas, seguras e sem interrupções, fronteiras mais inteligentes e eficientes, melhor desempenho no horário e maior capacidade
- Aumento na sustentabilidade na aviação, com uso de dados para reduzir as emissões de poluentes em toda a cadeia do setor
Estamos entusiasmados por trabalhar em muitas dessas áreas e colaborar com parceiros para promover mudanças positivas em todo o setor e transformar a maneira como viajamos.
Augusto Santos, vice-presidente para América Latina e Caribe da Sita, empresa de tecnologia da informação para o setor de transporte aéreo
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