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Como funcionam os voos sem piloto da FAB usados para resgate no RS

A FAB (Força Aérea Brasileira) está usando uma ARP (Aeronave Remotamente Pilotada) para identificar pessoas isoladas devido às chuvas que atingem o Rio Grande do Sul. Também chamada de drone, a aeronave utilizada é o RQ-900 (ou Hermes 900), que pertence à Base Aérea de Santa Maria.

Como são os voos?

O RQ-900 possui um sistema potente de câmeras que permitem observar objetivos a distância. Ao sobrevoar uma determinada área, ele pode travar o dispositivo para ficar apontado para onde for necessário, como uma pessoa a ser resgatada.

O controle é feito de maneira remota, sendo possível estar a centenas de quilômetros de distância da aeronave. Uma vez identificadas as necessidades das pessoas, será analisado se é preciso enviar suprimentos ou realizar um resgate, por exemplo.

Como é a aeronave?

Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) RQ-900 (Hermes 900), da FAB
Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) RQ-900 (Hermes 900), da FAB Imagem: Sargento Müller Marin/FAB

O Hermes 900 pode levar até 350 kg de carga útil. Seu peso máximo de decolagem é de 1.180 kg.

Sua envergadura (distância de ponta a ponta da asa) é de 15 metros, e seu comprimento chega a 8,3 metros. A velocidade de voo do Hermes 900 é de 112 km/h, podendo chegar a 200 km/h, de acordo com a FAB.

Além das câmeras, o RQ-900 ainda pode levar uma série de equipamentos. Entre eles, estão dispositivos de comunicação, radar ar-solo ou um apontador laser, usado para marcar alvos em caso de ataque ou reconhecimento.

Abrigo, também chamado de shelter, usado para controle de aeronaves remotamente pilotadas da FAB, como o RQ-900 Hermes
Abrigo, também chamado de shelter, usado para controle de aeronaves remotamente pilotadas da FAB, como o RQ-900 Hermes Imagem: Força Aérea Brasileira
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O comando do ARP é feito dentro de um abrigo, também chamado de shelter. Ele pode ser montado em diversos locais, de acordo com a necessidade de comando e controle da aeronave.

Os voos podem ser feitos por meio de um manche que fica no abrigo. Como alternativa, é possível programar as rotas a serem voadas por meio de um computador e o drone segue à risca ao que é determinado.

Shelter usado para controle de aeronaves remotamente pilotadas da FAB, no caso, o RQ-450, irmão menor do RQ-900 Hermes
Shelter usado para controle de aeronaves remotamente pilotadas da FAB, no caso, o RQ-450, irmão menor do RQ-900 Hermes Imagem: Força Aérea Brasileira

Dentro do abrigo, três militares comandam todos os sistemas do Hermes 900. Um fica responsável pelo controle da aeronave, outro pela operação dos sistemas da aeronave e o terceiro atua na análise dos dados enviados pelo drone.

A autonomia de voo chega a 30 horas no ar sem precisar parar para reabastecer, dependendo das condições de voo. A aeronave foi adquirida da AEL Sistemas, empresa brasileira pertencente ao grupo israelense Elbit Systems.

Como pedir ajuda?

Os voos serão feitos sobre a região da Quarta Colônia. A FAB orienta que pessoas que estão isoladas, em situação de risco ou precisam ser resgatadas, sinalizem para a aeronave.

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Quem estiver abrigado, deverá sair e sinalizar para o drone da Aeronáutica quando perceber sua chegada. Os sinais podem ser feitos pessoalmente pelas pessoas em risco ou por meio de marcas na superfície, como desenhos ou marcações nos telhados.

Com essas indicações, RQ-900 será capaz de cadastrar os pontos onde será necessária a intervenção dos militares e encaminhar ajuda.

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