Dólar vai a R$ 1,705 e tem menor cotação desde novembro de 2009
A cotação do dólar comercial voltou a registrar seu menor valor no ano. Nesta quarta-feira (29), a moeda norte-americana fechou em queda de 0,29%, a R$ 1,705 na venda. Com isso, o dólar atingiu a menor cotação desde 9 de novembro de 2009, quando fechou a R$ 1,702.
No acumulado do mês, a moeda tem perda de 2,96%. No ano, a baixa é de 2,18%.
A Bovespa fechou estável (variação zero), aos 69.228,24 pontos. No dia anterior, o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) fechou aos 69.227,63, uma variação de apenas 0,61 ponto.
Mais uma vez o Banco Central (BC) realizou duas intervenções na tentativa de evitar uma queda ainda maior da moeda. No primeiro leilão, a taxa aceita foi R$ 1,706. Na segunda operação, o BC comprou dólares a R$ 1,704.
O dólar chegou a cair abaixo de R$ 1,7 pela primeira vez no ano, acompanhando a tendência global de desvalorização da moeda norte-americana.
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Mas, após o breve movimento, o mercado devolveu o dólar ao patamar visto nos últimos dias, "respeitando" o piso informal sinalizado pelo governo e marcado por barreiras técnicas no segmento de opções.
Segundo a clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, houve ao menos uma operação registrada a R$ 1,69, durante a manhã.
No exterior, o dólar teve mais uma jornada de baixa em meio à expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) aumente a oferta de recursos na economia para estimular a recuperação do país.
O que tem impedido o dólar de recuar com a mesma intensidade no Brasil, segundo profissionais de mercado, é a ameaça de que o governo tome medidas mais agressivas do que as compras diárias de dólares --embora, na véspera, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tenha descartado por ora alguma mudança na tributação do capital estrangeiro em ações e renda fixa.
De acordo com a Reuters, um operador de câmbio de um banco dealer, que preferiu não ser identificado, outro motivo que inibe a baixa do dólar é a existência de barreiras no mercado de opções abaixo de R$ 1,7. Segundo ele, a breve queda do dólar aquém desse nível pode ter sido uma tentativa frustrada de alguns investidores para marcar posição.
Para os próximos dias, avalia Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora, a tendência é de que o mercado continue espremido perto do nível de R$ 1,7.
Ele citou a reunião do G20 em novembro como um importante evento a ser monitorado, já que vários países têm reforçado as intervenções no câmbio. "Mas a pressão (no dólar), claro, é realmente para baixo", disse à Reuters.
Mais cedo, dados do Banco Central mostraram que a entrada de capitais no país perdeu força após um pico causado pela capitalização da Petrobras (PETR4). O fluxo positivo desacelerou na semana passada para US$ 736 milhões, levando o resultado acumulado em setembro a US$ 11,871 bilhões.
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(Com informações de Reuters e Valor)
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