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Após bater mínima em 2 anos, dólar sobe 0,42% e vai a R$ 1,682

Da Redação, em São Paulo

06/10/2010 16h36Atualizada em 06/10/2010 16h57

A cotação do dólar comercial fechou em alta de 0,42%, nesta quarta-feira (6), a R$ 1,682 na venda, após atingir no dia anterior o menor valor desde setembro de 2008. No ano, a moeda norte-americana tem desvalorização de 3,50%.

O Banco Central (BC) fez duas operações ao longo do dia na tentativa de valorizar a moeda americana. Na primeira intervenção, o BC comprou moeda a R$ 1,675. Na segunda operação, a taxa de corte foi de R$ 1,683.

Novas medidas

O Conselho Monetário Nacional (CMN), em reunião extraordinária, aprovou resolução que dá mais poder ao governo para tentar barrar a valorização excessiva do real.

A resolução, divulgada pelo BC, diz que a partir de agora as operações de câmbio cujo instrumento de formalização e classificação siga modelo definido pela instituição, podem ser contratadas para liquidação no prazo máximo de 1.500 dias, contados da data de sua contratação. Antes, esse prazo era de 750 dias.

Na prática, a medida abre espaço para que o Tesouro Nacional possa adquirir moeda estrangeira no mercado à vista para quitar parcelas a vencer da dívida externa com quatro anos de antecedência e não mais em dois como era antes. A medida é a segunda adotada pelo governo esta semana para conter a valorização do real ante a depreciação do dólar.

Compras do BC

As compras de moeda estrangeira no mercado doméstico à vista pelo Banco Central somaram o montante expressivo de US$ 10,757 bilhões em setembro, volume mensal recorde. Os bancos reduziram suas posições de câmbio vendidas, de US$ 13,724 bilhões em agosto para US$ 12,426 bilhões no mês passado.

A maior parte das aquisições do BC foi para as reservas internacionais do país, que atingiram US$ 275,206 bilhões ao fim de setembro, ante US$ 261,32 bilhões da posição do mês anterior.

Assim, os dados apontam que as reservas tiveram um crescimento de US$ 13,886 bilhões, a maior expansão mensal já registrada. O valor ficou ligeiramente superior às sobras registradas no mercado de câmbio interno no mês, de US$ 13,7 bilhões. 

(Com informações de Reuters e Valor)