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Temor sobre economia global derruba Bolsas na Europa e Ásia pelo 2º dia

Do UOL Economia, em São Paulo

04/08/2011 13h23

As preocupações com o crescimento econômico global e com as dívidas dos Estados Unidos e da Europa derrubaram, pelo segundo dia seguido, as Bolsas da Ásia e da Europa.

As Bolsas de valores europeias tombaram, com o principal índice de ações do continente voltando para os menores patamares de meados de 2009. O índice europeu de ações FTSEurofirst encerrou a sessão com baixa de 3,15%, a 995 pontos.

O Banco Central Europeu (BCE) voltou a comprar bônus soberanos após uma pausa de quatro meses, e anunciou uma nova linha de crédito de prazo mais longo para bancos em busca de liquidez. Mas, após um breve respiro, os rendimentos dos bônus italianos e espanhóis retomaram a subida a níveis perigosos.

Operadores diziam não estar convencidos de que a compra de bônus será efetiva para interromper o contágio da crise para a terceira e a quarta maiores economias da zona do euro.

Bolsas caem na Ásia, Japão intervém no câmbio

Grande parte dos mercados de ações da Ásia fechou em queda, como os temores sobre a desaceleração do crescimento mundial tirando o entusiasmo do investidor. No Japão, o governo decidiu intervir para conter a alta recente da moeda, impulsionando a Bolsa de Tóquio.  .

Para conter a recente valorização do iene, o governo japonês e o banco central do país venderam ienes e compraram dólares. A autoridade monetária definiu ainda manter a taxa de juro perto de zero e ampliar o tamanho do programa de compra de ativos, indo de 40 trilhões de ienes para 50 trilhões de ienes.

Um dia depois que a Suíça surpreendeu ao reduzir a taxa básica de juros para enfraquecer sua moeda, o iene perdia cerca de 4% ante o dólar após a venda de ienes pelo Japão, que teme os efeitos da divisa forte sobre a recuperação de sua economia.

O iene mais fraco valorizou as ações das grandes exportadoras japonesas e o índice Nikkei subiu 0,23%.

Notícias de uma fusão entre duas gigantes industriais do Japão, a Hitachi e a Mitsubishi Heavy Industries --para criar as maiores empresas de infraestrutura do mundo-- também deu apoio ao mercado local.

(Com informações de Reuters, Efe e Valor)