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Bovespa sobe 3,72% e volta aos 59 mil pontos após três meses

Do UOL Economia, em São Paulo

27/10/2011 18h25Atualizada em 27/10/2011 19h13

A Bolsa brasileira disparou nesta quinta-feira (27), acompanhando o otimismo dos mercados internacionais após um acordo na Europa para a crise da dívida grega.

O Ibovespa, principal índice das ações na Bolsa paulista, fechou em alta de 3,72%, aos 59.270,13 pontos. É a maior pontuação final diária desde 26 de julho, quando a Bovespa fechou aos 59.339,90 pontos.

O giro financeiro do pregão foi de R$ 10,1 bilhões.

Com os resultados de hoje, a Bovespa acumula ganhos de 13,27% em outubro. No ano, o prejuízo acumulado é de 14,48%.

Nos Estados Unidos, as Bolsas também registraram fortes altas. O índice Dow Jones fechou em alta de 2,86%. O S&P 500 ganhou 3,43%. Já o Nasdaq valorizou-se em 3,32%.

Dólar cai quase 3% e vai a R$ 1,709

O dólar comercial fechou em baixa de 2,93%, a R$ 1,709 na venda. É a maior queda percentual diária desde 23 de setembro, quando o dólar caiu 3,24%.

O dólar já acumula perda de 9,17% em outubro. No ano, a moeda registra valorização de 2,58%.

Ações de destaque na Bovespa

O analista William Alves, da XP Investimentos, destacou a migração de investidores das ações mais defensivas para as de maior risco, afetando empresas que pagam altos dividendos.

Por exemplo, a ação da Telefônica (VIVT4) recuou 3,04%. Já MMX (MMXM3) disparou 11,05%. Ainda assim, no ano, o papel da empresa de Eike Batista acumula perdas de cerca de 30%.

Os bancos também foram destaque de alta, na esteira de seus pares europeus, influenciados pela recapitalização de 106 bilhões de euros dos bancos europeus prevista no acordo.

Santander (SANB11) subiu 5,67%, após o banco anunciar os resultados trimestrais. Itaú Unibanco (ITUB4) ganhou 3,1%, Bradesco (BBDC4) valorizou 3,15%, e Banco do Brasil (BBAS3) avançou 5,1%.

Com o otimismo desta quinta, outras notícias ficaram em segundo plano, como o resultado da Vale (VALE5), que apesar de ter sido considerado ruim pelo mercado, não impediu uma alta da ação, que subiu 2,36%, a R$ 41,69.

A Vale lucrou R$ 7,89 bilhões no terceiro trimestre, queda de 25% em relação ao mesmo período de 2010, devido à variação cambial.

Bolsas internacionais em alta

As Bolsas de Valores da Europa fecharam no maior patamar das últimas 12 semanas, com os bancos em disparada, depois que líderes da União Europeia (UE) fecharam um acordo para ajudar a resolver a crise de dívida da zona do euro, tranquilizando investidores.

Em Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 2,89%. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 5,35%. Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 6,28%. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 5,49%. Em Madri, o índice Ibex-35 avançou 4,96%.

As Bolsas de Valores asiáticas também registraram fortes altas, com apetite por risco, depois das notícias vindas da Europa.

Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 2,4%. O índice de Seul encerrou em alta de 1,46%. O mercado disparou 3,26% em Hong Kong e a Bolsa de Taiwan ganhou 0,39%, enquanto o índice referencial de Xangai subiu 0,34%. Cingapura avançou 2,80% e Sydney fechou com valorização de 2,49%.

Líderes europeus firmam acordo com credores da Grécia

A zona do euro conseguiu, na madrugada desta quinta-feira, fechar um acordo com os bancos credores para uma redução de 50% na dívida da Grécia, eliminando o último obstáculo para um ambicioso plano de resposta à crise da dívida, confirmou o presidente francês, Nicolas Sarkozy, em Bruxelas.

O líder francês estimou que a dívida grega terá um alívio de 100 bilhões de euros após a aceitação, pela maior parte dos bancos, de uma redução superior a 50% do valor dos títulos da dívida.

Esta decisão "representa um esforço de cerca de 100 bilhões de euros", disse Sarkozy ao final da cúpula europeia, que permitiu alcançar um amplo acordo para se enfrentar a crise da dívida.

"Os credores privados farão um esforço voluntário de 50%", e esta solução evitará que a Grécia entre em 'default' com uma redução de 100 bilhões da dívida total de 350 bilhões de euros, que será reduzida a 120% do PIB até 2020.

(Com informações de Reuters)