Dólar tem maior queda mensal em 8 anos e meio e fecha em R$ 1,703
O dólar comercial registrou valorização nesta segunda-feira (31), acompanhando um movimento de realização de lucros no mercado externo. A moeda norte-americana fechou em alta de 1,08%, a R$ 1,703 na venda.
Em outubro, o dólar acumulou desvalorização de 9,51%. É a maior queda mensal desde abril de 2003, quando a moeda recuou 13,20%, pouco meses após a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2011, a moeda acumula alta de 2,20%.
A valorização do real em outubro foi a maior dentre as 36 moedas mais negociadas contra o dólar, de acordo com dados da Reuters. Com isso, a moeda compensou parte do movimento de setembro, quando a preocupação com a crise na Europa fez o dólar disparar 18%, para perto de R$ 1,90.
Boa parte da queda do dólar em outubro aconteceu no final do mês, após líderes europeus aprovarem novas medidas para combater a crise da dívida na região.
O futuro da moeda em novembro vai depender justamente de notícias sobre a viabilidade das decisões em questão, como o aumento do fundo de socorro europeu a cerca de 1 trilhão de euros.
Bolsas internacionais
As Bolsas de Valores da Europa encerraram o dia em queda, com preocupações sobre a dívida da Itália e o pedido de falência da MF Global levando investidores a embolsar lucros.
Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 2,77%, a 5.544 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX recuou 3,23%, para 6.141 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 caiu 3,16%, para 3.242 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib encerrou em baixa de 3,82%, a 16.017 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrou perda de 2,92%, para 8.954 pontos.
As Bolsas de Valores asiáticas fecharam em baixa, enquanto o dólar disparava para a máxima em três meses contra o iene após uma intervenção do Japão, com investidores realizando lucros após o rali da semana passada.
O ministro das Finanças, Jun Azumi, disse que o Japão interveio de forma unilateral nos mercados de câmbio nesta segunda-feira, para conter oscilações especulativas que não refletem a saúde da economia do país.
Em Tóquio, o índice Nikkei teve baixa de 0,69%, aos 8.988 pontos, mas ainda encerrou o mês com ganho de 3,3%. Os investidores realizaram lucros, temendo que o iene não fique contido por muito tempo. A força persistente da moeda gera dúvidas sobre os resultados das empresas japonesas.
Boletim Focus
O mercado reduziu, pela quarta semana consecutiva, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, para 3,29% neste ano. Na semana passada o boletim do Banco Central (BC) apontava para avanço de 3,30%, e há um mês as projeções estavam em 3,51%.
Houve também redução nas previsões de crescimento da economia para 2012. A mediana dos analistas consultados pelo BC aponta para avanço de 3,50% no PIB do próximo ano, o que representa recuo após estimativa, há uma semana, de avanço de 3,51% para 2012. Há um mês as projeções apontavam crescimento de 3,70% no próximo ano.
(Com informações de Reuters)
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