Aumento de indenização fica abaixo do esperado e ações da Cesp caem
O governo elevou para R$ 1,74 bilhão, ante cerca de R$ 1 bilhão anunciados anteriormente, a indenização oferecida à Cesp para a usina de Três Irmãos, mas as ações da empresa recuavam nesta sexta-feira (30), na contramão de outras empresas elétricas, que registravam alta.
"O valor melhorou, mas ainda está muito aquém do número que a Cesp alega que tem direito. Ela falava que queria cerca de R$ 9 bilhões em indenizações para suas usinas", disse o diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (Cbie), Adriano Pires. Por volta das 14h, as ações da empresa registravam queda de 3,75%, a R$ 17,18.
O governo elevou o valor das indenizações para algumas hidrelétricas e a expectativa é de que ofereça ressarcimento adicional de até R$ 10 bilhões às transmissoras, num esforço de última hora para garantir apoio das companhias à renovação antecipada de concessões que vencem entre 2015 e 2017.
Além de uma indenização de R$ 1,74 bilhões para Três Irmãos, a Cesp deverá receber outros R$ 21,886 milhões por Ilha Solteira. A mudança específica para a indenização em Três Irmãos era esperada já que o governo havia considerado uma data de entrada em operação errada para a hidrelétrica, numa diferença de 10 anos.
Concessões
A Cesp informou em teleconferência na quarta-feira que ainda não tinha definido que renovará as concessões das usinas. A empresa enviou estudo ao Codec (Conselho de Defesa dos Capitais do Estado) com simulações relacionadas aos impactos de renovação das concessões das usinas.
O Codec irá aconselhar o voto dos acionistas da Cesp, que é controlada pelo governo do Estado de São Paulo, em assembleia que será realizada na segunda-feira. A Cesp não comentou imediatamente a alteração no valor das indenizações.
A adesão das companhias à renovação das concessões é fundamental para que o governo cumpra a promessa da presidente Dilma Rousseff de reduzir a conta de luz em 20%, na média, a partir de 2013. "Mesmo que o valor das indenizações ainda fique abaixo do que o que as empresas desejavam, é acima do que o governo tinha proposto pagar. Isso foi uma vitória, ainda que modesta, para as empresas, que conseguiram exercer um pouco de pressão sobre o governo", disse o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos.
(Com informações da Reuters)
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