Dólar fecha em alta, a R$ 3,714, após EUA subirem juros; Bolsa cai 0,87%
Do UOL, em São Paulo
13/06/2018 17h06Atualizada em 13/06/2018 18h24
O dólar comercial fechou esta quarta-feira (13) em alta de 0,17%, cotado a R$ 3,714 na venda, após os Estados Unidos aumentarem sua taxa de juros. Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 0,52%.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 0,87%, a 72.122,13 pontos. Na véspera, a Bolsa subiu 0,62%.
Leia também:
- Analistas: Risco de Bolsonaro ou Ciro ganhar é o que agita dólar e Bolsa
- Pão francês, remédios, gasolina: como dólar caro afeta seu bolso
- Sites e apps ajudam a comprar moeda mais barata
Dona da Sadia cai 3,3%
Entre as maiores quedas da Bolsa, as ações da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, caíram 3,3%. Investidores repercutiam notícia de que a empresa vai fechar a linha de produção de perus em Mineiros (GO).
Os papéis do Bradesco (-2,04%), da Petrobras (-1,88%), do Banco do Brasil (-1,82%), do Itaú Unibanco (-0,98%) e da mineradora Vale (-0,29%) também fecharam em queda. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.
Em outro índice da Bolsa, as ações da da International Meal Company (IMC), dona das redes Viena e Frango Assado, fecharam o em alta de 7,7%, após a empresa anunciar a fusão de seus negócios com a companhia de alimentos Sapore.
Juros nos EUA e ação do BC
Nesta quarta, o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) aumentou a taxa de juros pela segunda vez neste ano, para o intervalo entre 1,75% e 2% ao ano. A decisão já era esperada pelo mercado, mas o Fed indicou que vê outras duas altas ainda neste ano.
Com juros maiores nos EUA, a tendência é que recursos atualmente aplicados em outros mercados, como o brasileiro, seja levados para a economia norte-americana, fazendo com que o dólar suba por aqui.
O avanço da moeda foi contido, em parte, pela atuação do Banco Central, que fez três leilões de swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda futura de dólares) nesta sessão --um deles logo após o anúncio dos juros nos EUA. Na última quinta-feira (7), o BC anunciou que atuaria com mais intensidade no mercado nesta semana.
(Com Reuters)