Pelo segundo dia, dólar fecha acima de R$ 5,15; Bolsa tem leve alta

O dólar comercial encerrou a sessão de hoje em leve queda, de 0,025%, cotado a R$ 5,153, após ter batido o recorde dos últimos sete meses ontem.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou em leve alta de 0,17%, aos 113.607,45 pontos.

O mercado hoje

A bolsa brasileira foi impactada pela decisão da Opep, que informou não ver alterações na demanda de petróleo. No mesmo sentido, a Arábia Saudita também anunciou cortes na produção. O barril do petróleo Brent, a referência global, caiu 5,62% para dezembro. Com isso, ações da Petrobras caíram 3,97%.

As commodities não conseguiram impulsionar a Bolsa hoje. "Só a queda das ações da Petrobras e da Vale é quase 50% da desvalorização do Ibovespa", observa o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. Sem o minério de ferro referência, que é o do mercado de Dalian, na China, onde é feriado esta semana, o de Cingapura caiu mais de 1%, pesando nos papéis do segmento.

O setor de serviços dos Estados Unidos desacelerou em setembro. O volume de novos pedidos caiu para um recorde de baixa de nove meses, mas o ritmo permaneceu consistente com expectativas de crescimento econômico sólido no terceiro trimestre. A divulgação foi feita hoje pelo Instituto de Gestão de Fornecimento.

Em Wall Street, o S&P 500 subiu com dados do mercado de trabalho. Dados mostraram que a criação de vagas no setor privado dos EUA desacelerou com força em setembro, mas as encomendas à indústria subiram acima do previsto.

Expectativa é de juros mais altos por um período maior nos EUA. Permanece a cautela com novos dados do mercado de trabalho previstos na semana, com destaque para o relatório do governo agendado para sexta-feira, que podem ajudar a definir os próximos passos do Federal Reserve em relação ao juros da maior economia do mundo.

A percepção mais geral é de que as cotações do dólar seguirão pressionadas enquanto não houver clareza sobre o futuro da política monetária nos EUA. "Os juros americanos de mais longo prazo atingiram patamares de 16 anos, estão elevadíssimos e podem subir mais, pois a economia se mostra forte, o mercado de trabalho apertado e a inflação custa a ceder para a meta", avaliou o economista-chefe da Órama, Alexandre Espirito Santo.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a cotação de referência é o dólar turismo, cujo valor é mais alto.

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*Com informações da Reuters e Agência Estado

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • Diferentemente do informado antes, a Bolsa teve alta, e não queda. A informação foi corrigida

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