Conteúdo publicado há 9 meses

Dólar fecha acima de R$ 5,15 pelo 3° dia, cotado a R$ 5,169; Bolsa cai

O dólar comercial encerrou a sessão desta quinta-feira (5) em alta de 0,31%, cotado a R$ 5,169. A moeda voltou a fechar em alta após ficar em queda na sessão de ontem. É o maior valor desde 27 de março, quando a moeda chegou a R$ 5,206.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou a sessão em queda de 0,28%, aos 113.284,08 pontos.

Dados dos EUA movimentam o dólar e a Bolsa

Investidores estão de olho nos dados de emprego dos EUA. A divulgação do relatório do governo sobre o mercado de trabalho do país está prevista para sexta-feira. "Em dia de instabilidade nos mercados globais, o Ibovespa e o real sentiram os solavancos vindos do exterior", diz Rachel de Sá, chefe de economia da Rico.

Ambiente é de cautela e espera por dados. "Ao todo, o ambiente ainda é de cautela entre investidores, que ficam no aguardo de mais uma sequência de dados de mercado de trabalho nos EUA", disse a Guide Investimentos em nota a clientes.

O relatório de emprego Jolts, divulgado na terça-feira, indicou que as vagas de emprego em aberto nos Estados Unidos aumentaram inesperadamente em agosto. Por outro lado, dados separados de quarta mostraram que a criação de vagas no setor privado dos Estados Unidos ficou bem abaixo do esperado em setembro, segundo o Relatório Nacional de Emprego da ADP.

Esses dados importam porque podem dar indicações dos rumos dos juros dos EUA. "Um dado que mostre mercado de trabalho resiliente deverá ser lido com maus olhos, ao indicar que a economia americana segue aquecida - justificando, portanto, juros potencialmente ainda mais altos", diz a economista da Rico. Esse relatório "terá influência direta na decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve; banco central dos EUA)", segundo o Bradesco em nota. Este dado está sendo acompanhado de perto pelos diretores do Federal Reserve como um dos principais indicadores do futuro comportamento da inflação no país", disse José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos.

Os rendimentos dos títulos do governo norte-americano continuavam em alta, após breve trégua. Os juros dos títulos dos EUA estão nos níveis mais altos desde 2007, e os investidores acreditam que o Fed pode manter os juros elevados por mais tempo.

Custos de empréstimos mais altos nos EUA elevam os retornos oferecidos por investimentos denominados em dólar, o que costuma elevar a demanda pela moeda a nível global e minar ativos arriscados, como as ações e divisas de países emergentes.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

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