Conteúdo publicado há 7 meses

Dólar cai a R$ 4,908, à espera da inflação dos EUA; Bolsa também tem queda

O dólar caiu 0,14% e fechou a segunda-feira (13) vendido a R$ 4,908, em meio à expectativa por dados atualizados sobre a inflação dos Estados Unidos, que saem amanhã. Na sessão anterior, na sexta-feira (10), a moeda americana já havia registrado queda de 0,51%.

Dia de baixa também para o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), que recuou 0,13% e chegou aos 120.410,17 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Investidores aguardam dados de inflação dos EUA. Amanhã (14) sai o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de outubro, e a expectativa é de que a inflação desacelere para 3,3%, depois de subir 3,7% em setembro. O dado é importante porque ajuda a calibrar as projeções do mercado para o ritmo de corte nos juros nos EUA.

Alta dos preços impacta os juros, o que pode beneficiar o dólar. Caso a inflação demonstre sinais de alta, a tendência é de que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) mantenha os juros em patamar elevado por mais tempo. No geral, juros mais altos nos EUA tornam o mercado de renda fixa mais atrativo aos investidores, o que favorece o dólar.

Mercado também acompanha discussão sobre meta fiscal no Brasil. Por enquanto, o governo descarta tentar mudar a meta fiscal de 2024, mas participantes do mercado não parecem muito esperançosos. "A discussão principal agora não é se a meta será alterada, mas para quanto", disseram analistas da Guide Investimentos em nota a clientes.

Os dados de inflação serão um teste importante para a narrativa de que o Fed [BC americano] começará os cortes na taxa de juros já no segundo trimestre do próximo ano -- uma visão contrária à qual os próprios dirigentes estão comunicando.
Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury

Um dos eventos mais importantes da semana será a inflação dos EUA. Além disso, na quinta-feira [16], o mercado fica na expectativa de uma possível alteração na meta fiscal [do Brasil] de 2024. Alguns deputados pressionam para que o déficit da meta seja maior, e isso pode vir a causar algum estresse no mercado.
Andre Fernandes, sócio da A7 Capital

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